Com a
ajuda de Sofia Azevedo Teixeira, os alunos tiveram como primeiro desafio
observar um conjunto de imagens e desvendar os títulos dos contos a que se
reportavam. E se algumas foram muito fáceis, como A Pequena Sereia e A Menina
do Mar
(que todos identificaram como sendo da autoria de Sophia de Mello
Breyner Andresen), outras eram só do conhecimento de alguns, como Moby Dick e O Velho e o Mar.

Ultrapassado
este primeiro desafio, em que todos identificaram o mar como o elemento comum
entre todas as histórias, foi a vez de identificarem alguns dos mistérios do
mar, desde o bem conhecido Adamastor, passando pelo Triângulo das Bermudas e
pelos segredos da vida aquática. Aqui, muitos olhos se esbugalharam à medida
que iam passando imagens de peixes de dimensões extraordinárias.

E para
testar a imaginação dos alunos presentes, Sofia Azevedo Teixeira leu um conto
inédito da sua autoria, mas com uma particularidade: tinham que ser os alunos a
atribuir-lhe um final. Assim, foi com a máxima atenção que todos ouviram O Canto do Mar, uma história onde o mar
não era apenas o local da acção, mas sim a personagem principal. Um mar cheio
de encantos, mistérios e fértil em vida, mas cuja magnitude não era suficiente
para chamar a atenção de um menino que, todas as tardes, ia até à praia. Assim,
o mar usou muitos truques para atrair o menino, desde fazer saltar um cardume
de sardinhas, a revoltar-se contra as rochas. Mas todos falhavam. Até que o
menino pôs de lado o livro que estava a ler, se levantou e apanhou uma garrafa
de plástico depositada na areia, indo embora com ela. A história terminou aqui.
Os alunos rapidamente perceberam a mensagem – chave: não se deve poluir o mar,
pois pode pôr em perigo a vida aquática. E com esta ideia em mente, surgiram
vários finais em catadupa que, invariavelmente, atingiam a mesma conclusão: o
mar conseguiu pedir ajuda e impedir que se continuasse a poluir a sua água.

As comemorações do Dia Nacional do Mar, promovidas
pela Biblioteca Municipal, terminam amanhã, com o lançamento do livro Sete séculos
na vida dos poveiros
, de Óscar Fangueiro. A sessão é às 17h00 no Diana Bar.