A obra reúne uma série de papéis soltos agrupados em pequenos livros desde os tempos de Faculdade da autora. Com discurso indireto e impulsivo são, segundo Margarida Santos, “um testemunho de vida”, palavras transcritas “sem preocupações temporais”, o “retrato inteiro de uma pessoa eivada de humanidade”, que vinham sendo transferidos “de gaveta para gaveta, de atelier para atelier, em caixas de vime e sobreviveram a muita pancada da vida”.

A apresentação esteve a cargo do Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e Vereador do Pelouro da Cultura, Luís Diamantino, e contou ainda com uma pequena leitura de textos por parte de David Cardoso e Clara Oliveira.

Margarida Santos, nascida em Gaia em 1946, licenciou-se em em Escultura pela ESBAP, no ano de 1968, e exerceu a profissão de professora entre 1968 e 2006. Autora de eventos e programas culturais desenho, pintura, escultura: bustos, retratos, relevos, troféus, múltiplos e medalhas, dentro e fora do país, fez Monumentos de Arte Pública, de interior e de exterior, em grande escala, implantados em diferentes locais do país. Realizou centenas de obras de autor, dezenas de exposições individuais e participou em centenas de mostras coletivas.

Com várias publicações dispersas em revistas, jornais, catálogos e antologias poéticas, a autora publicou os livros eu amo tu, Fragmentos de uma Biografia Roída e Luz íntima.