O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, referiu-se à relação que existe entre a APMSHM e o Município bem como à importância que esta associação tem desde o seu início, há 10 anos atrás.

A propósito da importância da associação, Aires Pereira lembrou que “o Presidente da República, da primeira vez que teve oportunidade de entrar nas instalações da APMSHM, entendeu que era hora de lhe atribuir um galardão, o mais alto que a Presidência da República pode atribuir à associação por aquilo que tem sido o seu trabalho”.

Neste sentido, o Presidente constatou que “o trabalho da APMSHM não tem sido fácil: nos últimos seis anos morreram, ainda assim, e com todas estas questões de segurança que têm sido introduzidas na ordem do dia, mais de 20 pescadores da nossa região entre Póvoa e Vila do Conde. E enquanto continuar a morrer seja quem for no exercício da sua atividade profissional, nenhum de nós está dispensado de colaborar neste trabalho”.

O edil transmitiu que “a introdução de uma cultura de segurança em quem nunca teve hábitos de segurança não é uma coisa que se faça de um dia para o outro. E esta profissão tem sempre um risco associado, de estar num meio que não é o seu”.

Aires Pereira revelou que a importância da APMSHM não se resume à segurança passiva de cada um de nós. Vai muito além, como sendo as condições de acessibilidade ao porto e as condições profissionais do porto.

O Presidente referiu-se ao projeto de criação de um espaço profissional no porto, onde possa haver armazéns e local de trabalho na área portuária. Com este novo investimento, serão criadas melhores condições profissionais para a pesca e irá permitir estabelecer uma melhor relação do porto com a cidade.

Além deste, mencionou também “a nova marina e renovação urbanística que o Município vai fazer em toda a área portuária criando uma nova centralidade. Temos que transformar o nosso porto numa zona mais agradável e onde todos nos sintamos bem”.

E sobre as condições de acessibilidade ao porto, Aires Pereira não pôde deixar de referir-se às lutas levadas a cabo com o Mestre Festas para que se continue a ter uma dragagem todos os anos, acrescentando que “faz parte das nossas preocupações que as próximas dragagens se façam com descarga direta sobre as praias para que possamos continuar a fazer o reabastecimento das mesmas. A Póvoa não vive sem a pesca mas também não vive sem o turismo”.

O Presidente da Câmara associou-se à homenagem, “muito justa”, ao Mestre Festas, transmitindo-lhe “o sentimento de alegria do Município por ver reconhecido o seu trabalho e a disponibilidade para tudo que o Mestre e a associação precisarem”.

José Festas agradeceu o Prémio e transmitiu que a distinção do Rotary Club tem para a associação a mesma importância que outras recebidas a nível mundial e nacional, acrescentando que todas se devem por “mérito da Pró-Maior, por ser uma associação que tem levado a cabo muitas ações”, salientando a questão do salvamento.

O Presidente da APMSHM reconhece que o Prémio do Rotary visa distinguir “o bom trabalho que associação tem feito em prol de todos os que andam no mar. Estamos no bom caminho e assim queremos continuar”.

Ricardo Costa, Presidente do Rotary Club da Póvoa de Varzim, justificou a escolha do Prémio Profissional do Ano à APMSHM reconhecendo que “o trabalho deles é tão evidente que seria difícil escolhermos outro profissional”, destacando que se propõem “à mais difícil das tarefas: defender o homem do mar”.

Assim sendo, e tendo em conta “as vidas que têm conseguido resgatar ao mar, o Rotary homenageia, hoje, a vida”, referiu Ricardo Costa.