A actividade contará
com uma conferência proferida por Armando Coelho Ferreira da Silva, animação
musical e degustação de algumas iguarias inspiradas na alimentação da Idade do
Ferro.

Armando Coelho
Ferreira da Silva é um arqueólogo português, especializado em Proto-História. É
actualmente docente (professor associado com agregação) da Faculdade de Letras
da Universidade do Porto. Entre as suas obras encontra-se A cultura castreja
no noroeste de Portugal
, obra de referência para o estudo da Idade do Ferro
a nível peninsular. (informação online
)

Conferência: A
Proto-história no Noroeste Peninsular

Ao longo do primeiro milénio antes de Cristo, na região em
que vivemos desenvolveu-se a designada Cultura
Castreja
, caracterizada pelo aparecimento de povoados fortificados no alto
de colinas ou em meia encosta, que são normalmente conhecidos por castros,
cividades e citânias.

Desta época dispomos
do primeiro texto que descreve os habitantes da nossa região e as
particularidades do seu modo de vida. Estrabão, um grego que escreveu uma vasta
obra denominada “Geografia”, no seu III Volume conta o modo de vida dos
montanheses da Hispânia e os seus hábitos alimentares, incluindo os seus
festins familiares. Descreve-nos a sua alimentação sóbria, o uso da manteiga,
de carne de bode, a bebida zythos
(que se pensa ser tipo cerveja), do pão de bolota e outras iguarias. Da forma
como ele apresenta a refeição, esta rodeava-se de um cerimonial, em que os
alimentos circulavam entre os convivas, seguindo uma hierarquia que podemos
extrapolar para o próprio povoado castrejo. A música e a dança também faziam
parte dos momentos festivos, com o toque de flautas e tambores a animar as
danças de roda das mulheres e dos guerreiros.

Inscrições

A participação nesta
actividade está sujeita a uma inscrição no valor de dez euros e o número de
inscrições é limitado.

Os interessados
poderão fazê-lo no Museu Municipal da Póvoa de Varzim e nos Núcleos de Terroso
e Rates, entre os dias 2 e 4 Agosto, de terça a quinta-feira.

A partir de
segunda-feira, e até quinta, poderá ainda inscrever-se através do email museu@cm-pvarzim.pt

indicando os dados que constam da ficha de inscrição (Nome; Data de Nascimento;
Morada; Código Postal; telemóvel e email). A inscrição via email está sujeita a confirmação.

Os sócios do Grupo
dos Amigos do Museu da Póvoa de Varzim beneficiam de um desconto de 25 % no
valor da inscrição.

Sabores da História

Na sociedade
moderna, tecnológica e apressada em que vivemos, pouco tempo nos sobra para os
gestos mais comuns dos quais depende a nossa viva. Vive-se e trabalha-se
encafuado num espaço restrito, respira-se com dificuldade e nem temos tempo
para pensar na origem remota daquilo que comemos e bebemos, durante a rápida
refeição ao meio do dia.

O Museu Municipal da
Póvoa de Varzim lança um desafio: participar em eventos de animação nos centros
históricos da Póvoa de Varzim: desde o núcleo inicial da antiga vila da Póvoa
(onde se situa o Solar dos Carneiros, actual Museu Municipal) ao centro
histórico de S. Pedro de Rates e a primordial Cividade de Terroso, para tentar
compreender como eram, como viviam e o que comiam e bebiam os nossos
antepassados, desde a mais remota antiguidade até aos nossos dias.

Numa iniciativa
original teremos naqueles locais, entre Julho e Novembro de 2011, um conjunto
de iniciativas dedicadas a seis períodos da nossa História, realizadas com a
colaboração de reputados historiadores, que nos revelarão pormenores da vida do
dia-a-dia de outros tempos. Da iniciativa constará sempre uma ceia onde se
tentará redescobrir os aromas e sabores da gastronomia de outrora, rodeados do
ambiente e trajes que se usariam então. Das comidas frugais e naturais da
Proto-História, aos elaborados pratos romanos, ricos em sabores do
Mediterrâneo, dos rudes gostos medievais aos pratos dos tempos das descobertas
aromatizados com especiarias do Oriente até aos típicos sabores da gastronomia
poveira, deixe-se inebriar pelos paladares e ambientes de outrora e viva nos
nossos Sítios Históricos uma experiência única, de “viagem no tempo”,
conciliando o relato de histórias e a conversa – elemento fundamental de
qualquer serão – com a envolvência do ambiente, sons, cheiros e sabores de
épocas distantes.

Também contaremos com a animação tradicional dos
“serões”, que, dependendo da época, pode incluir um contador de histórias,
música e canto, dança, exercitação de lutas, recitação de poesias, teatro de
marionetas, ou outras actividades lúdicas.