Marcado
na sua infância e juventude pela mítica e antiquíssima Póvoa de Varzim, Luís Costa levou para
Braga, onde se radicou durante a época de quarenta, muita da memória colectiva
poveira, que agora molda em formato literário, contribuindo desta forma para a
afirmação da identidade sui generis da
grande praia e do grande porto piscatório do Norte de Portugal.

No
seguimento dos anteriores, os Novos
Contos Poveiros
assumem um valor sociológico e antropológico particular,
tendo em conta a evocação de episódios, figuras, lugares, práticas, usos e
costumes que o tempo transformou em lendas, em mitos e em património imaterial
que a autarquia poveira tem vindo a salvaguardar de modo exemplar.

Luís Costa é
natural de Coimbra, onde nasceu em 24 de Agosto de 1921. Com cinco anos veio
para a Póvoa,
onde viveu até à entrada na vida militar, em 1942. No período da Segunda Guerra
Mundial prestou serviço militar como sargento miliciano, no Porto, e depois
como expedicionário em
Cabo Verde. Concluído o serviço militar, em 1946, tentou o
regresso à Póvoa mas, como ele próprio explica, a dificuldade em arranjar
trabalho fez com que aceitasse uma proposta de um familiar e se mudasse para
Braga, onde viria a casar e a viver até hoje. Começou então a colaborar com
jornais como o “Correio do Minho”, “Diário do Minho”, Comércio da Póvoa”, “O
Cavado” e com as rádios Renascença e Antena Minho. Escreveu centenas de artigos
sobre Braga, apresentou comunicações em colóquios sobre várias tradições
etnográficas da Póvoa e Esposende e assinou artigos no Boletim Cultural da
Póvoa de Varzim.

Publicou vários livros na área da História, como S. Vítor, alguns elementos para a História
desta Igreja
(1979), Braga Ontem
(1981), História da Igreja e Irmandade de
Sta. Cruz
(1983) ou Braga,
solenidades da Semana Santa
(2002), duas monografias sobre freguesias do
concelho de Braga e, no campo da ficção, Contos
Poveiros
e outros artigos, e Novos
Contos Poveiros
que agora se publica.