Às 16h00, o grupo de teatro dos utentes do Hospital Magalhães Lemos
põe em cena “O Casamento Forçado”, de Molière, peça onde o humor é usado como
arma de crítica social e de reflexão sobre os prazeres e os perigos do casamento.

A personagem principal, Sganarello, aos
50 anos e ainda solteiro, resolve casar-se. A escolhida é uma jovem esperta e
mercenária, decidida a aplicar um golpe no futuro marido. Este, por sua vez,
indeciso e quase neurótico por prever traições na sua vida de casado, parte
para um vai-e-vem, de divertidas consultas em busca de conselhos com alguns
profissionais como, um filósofo, um cientista e uma cigana. 

“O Casamento Forçado” foi
representada pela primeira vez em 1664, em Paris. Molière já tinha ganho
prestígio com representações de tragédias, mas alcançou grande consagração
quando optou pela comédia. Percebendo o seu talento para a farsa de costumes e
para provocar o riso e, por meio deste, despertar reflexões críticas sobre a
vida social, Molière foi pouco a pouco descartando-se dos papéis trágicos e
assumindo a comédia.