Este livro infanto-juvenil descreve o rio Ave e muitas das regiões por onde ele passa, dando a conhecer também algumas das memórias associadas ao seu autor, mas também a tantos outros da sua geração. O tempo passa e, se determinados elementos paisagísticos se mantêm, não deixa também de ser verdade que certos elementos se transformam e algumas mudanças são irreversíveis.

Agostinho Fernandes

Presidente da Câmara de Famalicão, pelo PS de 1983 a 2001.

Afastado da política ativa, o antigo Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, responsável pela elevação de Vila Nova de Famalicão a cidade, dedica-se nos dias que correm sobretudo à escrita e à família, entre outras atividades que lhe ocupam o tempo disponível.

Fedra Santos

Fedra Santos nasceu em Freamunde, em 1979.

Designer gráfica e ilustradora.

Concluiu em 2002 o curso de licenciatura em Design de Comunicação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Tem desenvolvido trabalhos sobretudo na área do design e ilustração. Atualmente, é sócia do ateliê de design Furtacores, onde a ilustração e o desenho têm lugar privilegiado.

 

Algumas gotinhas de água:

“Por entre uma vertente misteriosa, revestida a fetos e urzes, por onde trepam os esquilos às árvores a passeiam os potros selvagens os portos selvagens, os javalis e as raposas, resvalam as nascentes puríssimas do rio Ave na Serra da Cabreira e que desagua em Vila do Conde no Oceano Atlântico após percorrer quase 91 Km e atravessar uma dezena de concelhos e ladear outros duma vasta e alcatifada área verdes e que se chama região do Vale do Ave.
Como os seres humanos também os rios nascem e morrem. Assim é que nascendo em Vieira do Minho a 1260 metros de altitude e à ilharga de Cabeceiras de Basto que de perto segue o Tâmega, desce para a Póvoa de Lanhoso olhando para a Serra da Lameira em Fafe, atravessa as Taipas e bordeja Guimarães, recebendo as águas do rio Vizela na confluência dos concelhos de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, seguindo em linha reta quase pela Trofa para Vila do Conde e piscando o olho cá atrás à Póvoa de Varzim.
 
Pretende-se, com este livro, dá-lo a conhecer melhor sobretudo às crianças em idade escolar e da região, sabido que é quanto desde sempre o Homem ao longo da História escolheu a proximidade dos rios para viver, imperioso que se torna respeitá-lo, conservá-lo e mantê-lo limpo e potável para bem de todos os seres vivos, ervas, arbustos, árvores, animais e vegetais de todos os reinos, tamanhos, alturas, línguas e feitios como… aves, doninhas, ouriços, cucos e melharucos”. Agostinho Fernandes