O Ciclo começou no
dia 1 com a interpretação de “Stabat Mater”, de Pergolesi. Como referiu
Guilherme Peixoto, Pároco de Amorim, o público quase lotou os 350 lugares da
Igreja de Amorim, assistindo a este concerto onde as vozes da
da mezzo-soprano Joana Valente e da soprano Liliana Sofia Coelho
foram abrilhantadas pela Orquestra do Norte, pelo  Amorim & Laundos Ensemble, pelo Ensemble
Vocal Pró-Música, pelos Coro Juvenil do Conservatório de Música do Porto e pelo
Pequenos Cantores de Amorim, dirigidos pelo Maestro José Manuel Pinheiro.
No dia seguinte, 2
de Dezembro, a Orquestra do Norte e o Maestro José Manuel Pinheiro foram à EB
2/3 de Amorim para dar uma aula diferente com o tema “Anatomia de uma
Orquestra”. Reunidos no pavilhão da escola, alunos do 2º ciclo foram, pouco a
pouco, sendo conquistados pelos instrumentos, aprenderam as classes onde estes
se incluem e como se reúnem, de forma harmoniosa, numa orquestra.
Mas o grande momento
de todo o Ciclo Coral-Sinfónico estava reservado para o fim, com o concerto de
dia 6, que lotou, por completo, a Igreja de Amorim. “The armed man: a mass for
peace” (O Homem Armado: Uma Missa para a Paz) foi interpretado pela Orquestra
do Norte, pelo Amorim & Laundos Ensemble, pelo Ensemble Vocal Pró-Música,
pelo Coro de São Tarcísio, pelo Coro Manuel Giesteira e pelos Pequenos Cantores
de Amorim. Participaram ainda a mezzo-soprano Patrícia Quinta e o
barítono Pedro Telles.
Esta obra, da
autoria de Karl Jenkins, tem uma forte participação de percussão, a par da
orquestra. Ao longo de todo o concerto, e numa tela de seis metros, foram
exibidas imagens de guerra e paz, um vídeo elaborado propositadamente para o
concerto. Isto porque esta peça é composta por 13 actos, cada um representando
o evoluir de um cenário de guerra. Da chamada, em árabe, para os fieis rezarem,
interpretada por Abdul Rehman, do Centro Cultural Islâmico do Porto, passando
pelos ritmos de presságio e preparação para o conflito até à guerra em si, “The
Armed Man” terminou com “Hossanna in excelsis”, um final de esperança, com a afirmação
de que “a Paz é melhor do que a Guerra”.
O Ciclo
Coral-Sinfónico está de volta em 2011, mantendo o objectivo de proporcionar
espectáculos musicais de qualidade fora do centro urbano. E tal como refere
Guilherme Peixoto, é também uma excelente oportunidade para que os Pequenos
Cantores de Amorim trabalhem em conjunto com outros coros, “aprendendo que não
estão sozinhos na música”. O Pároco referiu ainda que este Ciclo “foi
organizado debaixo de dificuldades económicas, graças à boa vontade dos solistas
e músicos que participaram. Tal mostra que tudo é possível quando está em causa
a paixão pela Música”.