Começaram às 8 horas e às 13, o
muro com 2,60 metros que veda os 2 500 metros quadrados de terreno estava
pronto sem qualquer custo para a Junta de Freguesia.

 “Mobilizamos a freguesia em torno de uma
grande necessidade e assim reduzimos os custos e o tempo”, explicou Carlos
Maçães, Presidente da Junta de Aver-o-Mar, orgulhoso com “o belo exemplo” dado
pelo seu “povo”.

“Quando
as pessoas veem que os políticos trabalham, estão cá para ajudar. Antigamente,
multidões faziam grandes obras. Foi o que se passou aqui”, continuou,
acrescentando que, em breve, lançará mais um repto à freguesia para revestir o
muro. “Grão a grão”, a obra vai surgindo “a custo zero”.

Sobre
esta ação, Aires Pereira, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de
Varzim, referiu ser um “sinal muito positivo da mobilização da população para
que se consiga fazer face àquilo que é a situação particularmente difícil do
país. Não está em causa o dinheiro, está em causa a disponibilidade das pessoas,
gente bastante idosa, outros mais jovens”, acrescentando que “o importante é mesmo
realçar a recetividade das pessoas para participarem em projetos comunitários
que interessam a todos”.

O
Vice-Presidente entendeu que deveria deixar uma palavra de agradecimento à
população de Aver-o-Mar por mais esta mostra de solidariedade para com todos,
realçando que o fazem com alegria.

Em 2011, a Câmara Municipal da
Póvoa de Varzim expropriou os terrenos para a ampliação do cemitério mas a
Junta não tem dinheiro para a obra, orçada em três milhões de euros. A solução
passou por um trabalho comunitário e todos puseram mãos à obra.

A
ampliação do cemitério da vila com nove mil habitantes engloba 300 campas e uma
capela.