As cerimónias litúrgicas e as diversas procissões de profunda religiosidade, bem como momentos culturais foram promovidos pela Confraria do Santíssimo Sacramento, com o apoio da Câmara Municipal.

O dia 29 de março, Domingo de Ramos, marcou o início das celebrações da Semana Santa na nossa cidade. Neste domingo, foi também recriada, na nossa cidade, a tradição Bois da Páscoa, organizada pelo Mercado Municipal.

A 1 de abril, o Quarteto Verazin e o Coral “Ensaio” da Póvoa de Varzim foram protagonistas de um concerto, na Igreja Matriz. A atuação fez parte do programa da Semana Santa e do ciclo de Concertos “Paixão e Ressurreição”, organizado pela Escola de Música da Póvoa de Varzim.

Na Quinta-feira Santa, 2 de abril, à noite, as Igrejas e Capelas da cidade estiveram ornamentadas e de portas abertas até às 24h00 para a tradicional visita da população. Este costume surgiu na sequência da extinção da antiga Procissão das Endoenças ou das Lanternas. Tal como ela, decorre à noite e tem como característica marcante a visita às várias igrejas que, para esta celebração, são especialmente decoradas e iluminadas. Foi grande o número de pessoas que fizeram a visita aos diversos templos da cidade. Num espírito de fé, mas também movidas pela curiosidade da descoberta do trabalho desenvolvido, fizeram um périplo que integrou: Igreja Matriz; Igreja da Misericórdia; Capela de S. Roque (ou S. Tiago); Capela de N.ª Sr.ª das Dores; Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª da Lapa; Capela de N.ª Sr.ª do Desterro; Capela do Sr. Do Bonfim (com representação de cenas dos Evangelhos) e Igreja Paroquial de S. José de Ribamar.

Desde há anos, que o Museu Municipal se associa a este evento e a esta deambulação religiosa noturna, abrindo as suas portas gratuitamente aos visitantes, das 20h30 às 24h00, e expondo uma cena alusiva à Paixão. Também por aqui passaram muitas pessoas.

Um dos momentos mais marcantes das solenidades da Semana Santa foi a Procissão do Enterro do Senhor, na Sexta-feira Santa, 3 de abril.

No  Sábado Santo, decorreu, na Igreja Matriz, a Vigília Pascal com celebração da Missa da Ressurreição, cumprindo-se os rituais da Bênção do Lume, Liturgia da Palavra, Glória, Liturgia Batismal, Bênção da água e renovação das promessas do Batismo e Liturgia Eucarística.

O Domingo de Páscoa teve início com uma Eucaristia, às 8h30, seguindo-se uma Missa Solenizada, às 10h00. Às 11h00, saiu da Igreja Matriz a Procissão da Ressurreição e ao início da tarde teve início a Visita Pascal que terminou com um Cortejo festivo dos Compassos Pascais da Praça do Almada para a Igreja Matriz, onde teve lugar uma Eucaristia.

Para além das cerimónias litúrgicas, o Município da Póvoa de Varzim, através do Serviço de Turismo, promoveu mais um projeto especialmente dedicado aos que se instalam nos estabelecimentos hoteleiros do concelho, durante a época da Páscoa, que é, por tradição, um dos momentos altos de afluência de turistas à cidade.

O Programa Especial Hóspedes na Semana Santa consistiu na oferta de um kit informativo/promocional, que contém informação trilingue sobre os principais eventos e particularidades desta quadra pascal na Póvoa, para além de algumas ofertas tradicionais da época, como é o caso das amêndoas.

Ainda no âmbito da Semana Santa, decorrem duas exposições: até 12 de abril, no Posto de Turismo, “Festividades do Ciclo da Páscoa na Póvoa de Varzim”; desde 28 de março, no Museu Municipal, “Obra(s) da Misericórdia. A Igreja Nova” (Exposição Comemorativa do Centenário da Bênção da Nova Igreja da Misericórdia – 1914-2014).

No sábado, 4 de abril, várias associações do concelho, nomeadamente, Juvenorte, Leões da Lapa e Associação Desportiva e Recreativa Académico de Belém, recriaram a Queima do Judas. A iniciativa é uma manifestação de carácter profano com tradição poveira no período da Páscoa.

A Queima do Judas enquadra-se nas celebrações religiosas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, com origem no imaginário cristão, segundo o qual Judas entregou Jesus à morte, tornando-se por isso o “Apóstolo Traidor”. Personificado por um tosco boneco, que é ciclicamente imolado num auto-de-fé popular, o “Apóstolo Maldito” serve assim de bode expiatório para escárnio e maldizer e para a ridicularização de vícios e costumes da sociedade.

Veja a fotogaleria de algumas iniciativas.