Ficam suspensos os procedimentos para aplicação e cobrança das taxas previstas na Portaria n.º 357/2015, mesmo nos casos em que os titulares dos imóveis já foram instados a efetuar os respetivos pagamentos.

Recorde-se que este foi um assunto que mereceu a atenção do Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, que já em janeiro deste ano referiu-se às taxas cobradas, que variam entre os 200 e os 500 euros, e 30 cêntimos por metro quadrado da área edificada e do estacionamento, como uma injustiça e manifestou a sua indignação.

Apresentou, na altura, o caso de um munícipe que quis rebocar o muro da casa, que é contíguo a uma estrada nacional, e teve de pagar 846,5€ de taxas à Infraestruturas de Portugal.

Mais recentemente, numa reunião mensal dos autarcas da Área Metropolitana do Porto, realizada em finais do mês de outubro, o edil teceu acentuadas críticas pela cobrança de taxas às procissões.

Neste sentido, Aires Pereira transmitiu que achava “inacreditável que a Infraestruturas de Portugal cobre dinheiro por um serviço que não presta”, sublinhando o facto da empresa nacional “não olhar para o estado em que está a nossa Estrada Nacional 13 para percebermos que a Estradas de Portugal é hoje só um colhedor de impostos e, portanto, eu não posso estar minimamente de acordo com esta situação”.