Sobre o livro, a autora escreve que “O lápis é essencial no meu dia-a-dia. Ainda
que, actualmente, não esteja muito em voga, continuo a utilizar o lápis:
sublinho no livro as frases que pretendo registar na alma. Também é um bom
delator da insegurança seja do texto, da grafia ou do desenho, pois,
facilmente, posso corrigir sem deixar rasto da incerteza ou indecisão ou até da
alteração do pensamento. Gosto imenso de afiar os lápis de cor, de sentir o
cheiro da madeira e do graffiti soltos nos leques de lápis, suspensos no afia
prateado Lus. E, de seguida, colocá-los num copo transparente com os bicos
afiadíssimos, virados para cima. Assim, arrumadinhos e prontos a dar asas à
minha imaginação.”

Rosa Guedes é já uma
autora conhecida entre os poveiros pois lançou na Póvoa, em Outubro do ano
passado, o livro Clara toma chá com a
consciência
.

Natural de uma pacata aldeia do distrito de Viseu, Rosa Guedes
fez o seu percurso escolar e académico em Coimbra, onde viveu até 1986.
Actualmente, reside na Póvoa de Varzim. Além de leccionar Português e Francês
no ensino secundário, já publicou livros de apoio à análise de obras francesas
para esse nível de ensino, bem como traduções de textos literários franceses e
espanhóis. Interessa-se também pela dinamização de bibliotecas escolares e pelo
estudo comparativo dos sistemas educativos e de ensino europeus e nipónicos,
tema a propósito do qual já organizou, com reconhecido entusiasmo e
profissionalismo, seminários, congressos e jornadas.