Cerca de uma centena de figurantes representaram o assalto dos romanos ao Noroeste da Península perante o olhar atento de meio milhar de visitantes que se deslocaram ao sítio arqueológico para assistir a história ao vivo.

Após o assassinato de Viriato, chefe dos Lusitanos (que ofereceram resistência a Roma durante vários anos, custando múltiplas derrotas aos exércitos romanos), o caminho do Noroeste peninsular abre-se para o avanço de Roma, desejosa de se apropriar dos muitos recursos naturais da zona. Falava-se em milhares de mortos e de inúmeros cativos enviados para a escravidão em Roma. Os jovens, que haviam partido para combaterem ao lado dos lusitanos, regressavam maltratados e feridos, contando que Roma havia enviado, não um general como até aí, mas um Cônsul, Decimus Junius Brutus de seu nome, para esmagar os Galaicos.

Este fim-de-semana, em Terroso, reconstituiu-se o assalto dos romanos à Cividade, onde não faltaram mortos e feridos. Além da reconstituição do combate, as várias actividades diárias, pesca, caça, olaria, etc., também foram mostradas pelos 100 figurantes que estiveram na Cividade de Terroso durante estes dois dias.

Deolinda Carneiro, directora do Museu Municipal, explicou que “Estrabão, Apiano de Alexandria, entre outros, deixam-nos um retrato, naturalmente exagerado, da barbárie destes ‘montanheses’, do seu modo de viver, trajar e guerrear, passando, ainda, pela sua religiosidade hábitos e dieta alimentar. Estes relatos, embora muito parcelares, têm sido complementados por décadas de trabalhos arqueológicos em dezenas de povoados, daquilo que de há muito se convencionou designar pela Cultura Castreja do Noroeste.”

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