Sobre a sua obra, o autor referiu a abordagem que é feita da
mulher, quer no aspecto lírico quer no aspecto sexual, e falou também da combinação entre o lado místico e o lado surrealista que se entrecruzam
em “Saloon”.

“Trata-se de um conjunto de poemas
extraordinariamente coeso”, foi deste modo que João Rios, “diseur” convidado,
descreveu o livro do seu amigo A. Pedro Ribeiro. Na opinião de António
Oliveira, das Edições Mortas, o lançamento do livro “é uma espécie de desgraça
do autor perante a sua obra”. O editor considerou que, em “Saloon”, “o poeta
encontra-se perante a sua obra numa circunstância de utilidade de estarmos
vivos e essa utilidade exige que o poeta tome a decisão do gesto, da palavra”.
Terminou dizendo que “devemos entrar no ‘Sallon’ prontos para a nudez da nossa
existência e moral”.

“A arder”, “Rua”, “Sallon”, “O Futuro já
não é…”; “Mamas”; “Jesus”; “Madalena” e “O boi” foram alguns dos poemas
declamados por A. Pedro Ribeiro e João Rios para suscitarem o desejo do leitor
para esta obra que ultrapassa a moral, numa combinação de bem e mal.