O interlocutor da empresa junto da autarquia esclareceu que houve um intenso trabalho de campo para a escolha dos terrenos e contacto com os proprietários dos mesmos, realçando a disponibilidade da Câmara Municipal no acompanhamento de todo o processo.

Aires Pereira reconheceu que “muito trabalho foi feito desde agosto, altura em que começamos a trabalhar neste dossiê, de uma forma cuidada. Houve várias reuniões com o diretor-geral e administradores da empresa, aqui na Câmara Municipal, e fomos sempre respondendo às solicitações que nos fizeram de aumento de área até aos 300 mil m2, que envolve cerca 60 proprietários”.

Para além disso, “a Câmara fez um conjunto de concessões especiais ao nível de licenciamento, quase isenção de taxas e na possibilidade de um tratamento de exceção relativamente aos impostos municipais sobre este empreendimento”, esclareceu, salientando a “localização estratégica que a empresa teria na Zona Industrial de Laundos, junto a um nó de acesso à A28, sem qualquer tipo de impedimento para chegar ao aeroporto, ao Porto de Leixões ou mesmo ao Porto de Vigo”.

Neste sentido, o Presidente entendeu que “se impunha, neste momento, um esclarecimento ao executivo municipal”, sendo que “fizemos tudo aquilo que era possível” e agora resta “aguardar, com tranquilidade, pela decisão que a empresa irá tomar”.

Já instalada no Parque Industrial de Laundos desde janeiro 2013, A Poveira irá, em breve, ampliar as suas instalações em terreno adquirido ao Município. Aires Pereira explicou que se trata de “um lote de 3925 m2, com uma configuração que praticamente só interessa à Poveira”. Para o efeito, o Presidente propôs à Câmara Municipal a venda do terreno de expansão ao valor de custo da autarquia, ou seja, 15 euros. A proposta foi aprovada por unanimidade, concordando a autarquia que “é uma enorme mais valia poder continuar a contar com o desenvolvimento d’ A Poveira”. Este progresso reflete-se na “oferta de emprego que a empresa proporciona e que irá aumentar devido a esta expansão e também a sua penetração no mercado com uma conserva de excelência, toda manufaturada por gente que há muitos anos trabalha nesta indústria da conserva”.

Aires Pereira referiu-se ainda à “oportunidade de colaboração da empresa com a autarquia na criação do nosso Museu da Conserva, nas antigas instalações da fábrica A Poveira, que terá uma dinâmica muito importante, até sob o ponto de vista comercial na divulgação dos nossos produtos, como é o caso das conservas produzidas pel’A Poveira”.

Foi ainda aprovado na reunião de ontem um apoio ao Clube de Caçadores da Estela no valor de 15 mil euros para a instalação, na sua sede social, dos sistemas de insuflação, evacuação e extração de ar e fumos. A este propósito, Aires Pereira referiu que “o clube tem feito um esforço muito grande de ampliação e dinamização das suas infraestruturas, bem como da disponibilidade a todas as associações e instituições que decidem fazer eventos nas suas instalações”. Neste sentido, a Câmara decidiu atribuir este subsídio para que o clube possa concluir definitivamente as suas instalações e adquirir condições para receber o número elevado de pessoas que habitualmente participam nos acontecimentos.