73 anos depois do primeiro Café, do Silêncio da Gaveta, os poemas de Fernando Pessoa, Mário Cesariny, Mário de
Sá Carneiro, Pablo Neruda, José Régio
 ou Herberto Hélder, vão ganhar
na voz de João Rios as palavras que habitam os lugares de memória do Diana Bar,
enquanto José Peixoto com a guitarra e o acordeão criará a metamorfose entre o
som e a palavra.

 

Coletivo Silêncio da Gaveta

Trupe
de saltimbancos das palavras, intérpretes sem trono dos afetos.

O
Coletivo Silêncio da Gaveta, projeto poético criado em Setembro de 1998, tem
desenvolvido nos últimos 14 anos, uma linguagem poético-musical própria em que
“a mestiçagem” dos ritmos e harmonias, a expressividade da palavra, o recurso
de elementos cénicos e plásticos se fundem em instantes livres do espartilho
classicista do dizer poético. Cansados do silêncio egoísta das gavetas, este
grupo tem percorrido vales e montes do país e da vizinha Espanha, realizando sessões
de poesia em bibliotecas públicas, auditórios municipais, associações
culturais, feiras do livro, encontros de escritores, galerias de arte, bares,
cafés e restaurantes, casinos, e emissões radiofónicas.

Em
Setembro de 1998 com o espetáculo poético-musical “Pablo Neruda 25 anos
depois”, realizado na Filantrópica Cooperativa de Cultura na Póvoa de Varzim, o
Coletivo Silêncio da Gaveta, inaugurava o caminho pela palavra poética. Depois
seguiram-se palavras sempre a celebrar a poesia e os poetas. Régio, Pessoa,
Gedeão, O’Neill, Sophia, Cesariny, Ruy Belo, Joaquim Castro Caldas, Valter Hugo
Mãe são alguns dos autores recorrentes. Mas há mais, muitos mais. Porto, Vila
do Conde, Vila Nova de Cerveira, Guimarães, Póvoa de Varzim, Esposende, Vila
Real, Resende, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Ribeira de Pena, Arcos de Valdevez,
Coimbra, Ponte da Barca, Espinho, Paredes de Coura. Em Espanha passaram por
Puebla de Sanabria, Zamora, Avedillo, Alcañices, Salamanca, Vigo, foram alguns
dos palcos que pisaram ao longo da sua existência. Alguns dos seus espetáculos
foram gravados e tiveram honras de destaque em programas televisivos,
nomeadamente o “Acontece”.

Uma
das suas últimas apresentações, em 2012, realizou-se no âmbito das comemorações
do 75º. Aniversário do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de
Varzim.

A
sua primeira passagem pelo Correntes d’ Escritas foi em 2001 e a última foi na
edição deste ano, em fevereiro 2013.