“O teatro da minha vida” foi o tema apresentado, ontem à tarde, por Rui Bianchi, no Arquivo Municipal, no âmbito da iniciativa “À quarta (h)à conversa”.
O arquiteto destacou a importância e necessidade dos teatros na construção das sociedades.
Rui Bianchi transmitiu que “olhamos para o passado procurando compreender como viviam as sociedades através dos edifícios, neste caso, teatros. A história das sociedades faz-se pelas construções que as distingue, existindo um vetor de transversalidade ao longo dos tempos”.
O arquiteto considera que “todos somos atores e espectadores, num diálogo permanente. Desde muito cedo, na construção das cidades, o poder instituído entendeu que o teatro era uma forma de instruir e tinha uma dimensão cultural”.
Rui Bianchi identificou os espaços públicos da cidade clássica, onde, para além do Teatro, se encontram: Ágora e Fórum (Grécia e Roma); Templo; Estádio; Circo e Balneários públicos.
O arquiteto fez uma perspetiva sobre a evolução dos teatros ao longo do tempo, realçando a sua transversalidade: “estes espaços, tal como existiam há dois mil anos, permanecem no tempo”. Apresentou diferentes exemplos de desenho dos teatros, desde os modelos civilizacionais, Idade Média, Renascimento, Romantismo e Moderno, salientado que o Renascimento foi a “idade de ouro do teatro europeu”.
Em relação à Póvoa de Varzim, Rui Bianchi apresentou os diferentes teatros que foram existindo na nossa cidade, desde 1855, remetendo para 1890 a inauguração do Cine-Teatro Garrett que, pela quarta vez, renasce, abrindo as suas portas no próximo dia 14 de junho.