Para ajudar o poeta e pintor a falar sobre o livro estiveram presentes Aurelino Costa, Arnaldo Andrade, Vítor Serra e João José, que pertencem a várias áreas da arte e, também fizeram parte da ilustração da obra, juntamente com Isilda Nunes, Clotilde Abrantes, Isaque Ferreira. 

Neste livro, o autor pretende revelar o alter ego que reside em todos nós, percorrendo caminhos de sombra visualizados pela mão de um artista que desvela o pensamento em telas, com o apoio daqueles que nos acompanham ao longo de um percurso de/da vida. Assim, encontramos artistas tão diversos como José Cid, Mário Máximo, Jéssica Moura, Júlio César, entre outros.

A Biblioteca Diana Bar recebeu, ainda no dia 27 de julho, o lançamento de um outro livro, A palavra na Arte, de Aurora Gaia.

Ao lado da deste grande nome da cultura portuguesa esteve, a também escritora, Sofia Teixeira.

Com este livro, a autora fala da vivência com a Arte, do afeto que é um ganho depois da chegada das lembranças das diferentes obras olhadas e pensando na convivência com os seus autores. A felicidade do olhar perdura, a saudade das conversas é trazida para longas meditações poéticas, o casamento da palavra com a Arte faz-se lugar feliz, justifica um livro que se chama justamente A palavra na Arte. Esta palavra são palavras, que traduzem emoções mais do que a racionalidade do crítico de arte e do ensaísta. 

Reflexos mudos, as obras de Arte procuram a duplicação do dizer, e o poeta espreita, é preciso que ele habite o próprio artista, e alguns escrevem, mas há poetas que não dispensam as imagens e reservam algum tempo a desenhar e a pintar, também. Amorosamente as palavras e as imagens, enquanto necessidade conjunta, fazem do artista e do poeta irmãos da vida, um e outro têm uma experiência sensorial sem invalidar as explicações mais racionais, que justificam um diálogo alargado com quem de fora se interroga sobre o universo criativo e a função da Arte.