Esta
edição de autor resulta de um desejo, impulsionado por vários motivos, de
“expor aos meus contemporâneos quanto se evolou do coração e do espírito, à
medida em que fui, espontânea e cordialmente, dispersando pelo papel estes Universos de Sol e Mar”, revelou Antero
Simões. O professor dedica o livro a três corações, “ao meu próprio, à minha mulher que tanto alento e inspiração me deu e aos jovens, poetas ou
não, a quem andei a “reler” Camões, Leonardo e Antero de Quental”.

Poetas
ou não, um grupo de jovens que frequentam diferentes escolas do concelho
impressionaram o público declamando alguns poemas que integram a obra
apresentada e como referiu Luís Diamantino, Vereador da Cultura, “trazendo
frescura a esta sala quente de emoções”. “É isto que faz com que Antero tenha
esperança e continue a escrever”, afirmou o vereador referindo-se à juvenil
sessão poética que decorreu ao som de Beethoven.

Para
além destes estudantes, Antero Simões contou ainda com a presença de uma
ex-aluna do tempo em que leccionou em Angola, Iracema Azevedo Leitão, a quem
confiou a apresentação do autor e da obra. Passados mais de 30 anos, Iracema
ainda mantém gravado o método pedagógico do professor de Português e Grego que
despertou em si o fascínio pela literatura deixando transparecer no modo de
ensinar a paixão pelas Letras Clássicas e de quem recorda igualmente o
encantamento por Antero de Quental.

Também
Luís Diamantino deixou algumas palavras de apreço ao autor parafraseando Óscar
Wilde, “«Tenho os gostos mais simples do mundo. Contento-me com o melhor» e o
Antero também se contentou com o melhor e saiu esta enxurrada de versos”.
Perfeccionista por natureza, Antero Simões é exigente consigo próprio e o
vereador lançou-lhe o desafio “não resista à tentação de escrever mais um
livro”.

Universos
de Sol e Mar
surge
dois anos depois da edição de O Deus e os
Homens de Leonardo Coimbra
que encerrou o 1º Centenário do Liceu povoense
“Eça de Queirós” e um ano depois da de Antero
de Quental – Redivivo
, com que se recordaram os 125 anos da chegada do
Filósofo-Poeta à “Villa” do Ave. Com a publicação deste livro de poemas, o
autor faz “um voto deveras caloroso para os futuríveis leitores, qualquer que
seja seu escalão social ou geopolítico: que estes poemas que pretendem
universalizar as alegrias e as tristezas do coração de cada um de nós tragam
alguma centelha de luz e calor às consciências mais frias e algum prazer e
agrado aos espíritos mais sofredores”.