O
Comandante avivou a memória de alguns dos presentes e emocionou outros ao falar
de seu avô, Vasques Calafate.

Luís
Adriano Calafate referiu-se ao importante papel que Vasques Calafate teve na
construção do porto de pesca, tendo sido esta a “obsessão da sua vida” e, não
menos importante, a sua luta pela edificação da Casa dos Pescadores da Póvoa de
Varzim.

“Homem
íntegro e impoluto”, Vasques Calafate deixou o seu “caráter entranhado para
sempre na memória coletiva de um povo”.

Com
uma “profícua ação física e intelectual”, foi na defesa da classe piscatória
poveira que mais se destacou e esta é a vertente que mais sensibiliza o seu
neto Luís Adriano Calafate.

Vasques Calafate

Nasceu
na Póvoa de Varzim em 12/05/1890 e faleceu em 04/12/1963.

Professor,
escritor e jornalista, dedicou grande parte da sua vida à luta pela defesa
intransigente dos interesses e anseios da classe piscatória, trabalhando sem
desfalecimento, sustentando na imprensa diária de Lisboa e Porto e nos jornais
locais uma intensa campanha pela construção do porto de pesca da Póvoa de
Varzim.

Orientou
e impulsionou o trabalho de propaganda e angariação de fundos para a construção
da Casa dos Pescadores da Póvoa de Varzim (1926), a primeira do país.

Obras
principais: “Moral e Religião ” (1920), “Acção Social do
Carácter” (1922), “A Vocação Colonizadora dos Portugueses”
(1961) e “Verbo, Vigor e Acção” (1966). 

Dirigido
ao público sénior, “À quarta (h)à conversa” apresenta, todos os
meses, sempre na terceira quarta-feira, diferentes temas
ligados à História Local.

No entanto, nos meses de
julho a setembro o Arquivo interrompe esta iniciativa, que estará de volta em
outubro, com novos temas e convidados.