Esta opinião foi também manifestada por Hilário Amorim, um dos principais organizadores do evento, que ambiciona um Festival “mais abrangente em termos internacionais” para o próximo ano.

José Pinheiro, realizador pioneiro em Portugal na área dos videoclipes, que marcou presença no ViMus, deixou a sua palavra de agradecimento, dizendo que “o grande mérito deste festival é dar algum sentido à nossa actividade e à nossa paixão”.

Desta edição destacou-se, na competição nacional de videoclipes, o vídeo Hold Still de David Fonseca realizado pelo próprio em parceria com Augusto Brázio, que arrecadou três prémios, nomeadamente, vídeo do ano, melhor videoclipe conceptual e melhor fotografia.

Hold Still é um dos singles retirados do segundo trabalho a solo de David Fonseca, Our Hearts Will Beat As One, lançado em 2005. Produzido entre Londres e Lisboa, o vídeo é o resultado de uma montagem de fotografias de Augusto Brázio. A canção conta com a voz de Rita Redshoes, que também deixa a sua marca no suporte audiovisual do tema.

Ainda na competição nacional, o ViMus distinguiu como melhor videoclipe performativo Poetas de Karaoke de Sam the Kid realizado por Rui de Brito e atribuiu a Bad Mirror de The Vicious Five o prémio de melhor animação, dos realizadores Luís Alegre e Janci. O prémio de melhor ficção foi atribuído a Wake Up Song de You Should Go Ahead, realizado por Miguel Rocha.

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O júri, constituído pelos portugueses José Pinheiro e Nuno Galopim e pelo espanhol Oscar Sarmiento decidiu ainda atribuir um prémio especial ao vídeo Ping-Pong dos X-Wife, realizado por Kalle Kotila e Tomi Malakias.
Premiados os melhores a nível nacional, o ViMus distinguiu, na competição internacional, o videoclipe Whirr dos Fónica, uma co-produção germano-japonesa do realizador Timo Katz, como o vídeo do ano e melhor videoclipe conceptual. Na mesma competição, foram laureados Feist (melhor videoclipe performativo para 1234, realizado por Patrick Daughters), Beck (melhor animação para Cell Phone’s Dead, realizado por Michel Gondry), Yeah Yeah Yeahs (melhor fotografia para Gold Lion, outro realizado por Patrick Daughters) e Modest Mouse (melhor ficção para Dashboard, realizado por Mathew Cullen e Grady Hall). Uma vez mais, o júri decidiu atribuir um prémio especial, desta feita para o vídeo Capital, de Lyapis Trubetskoy, dirigido por Aliaksei Tserakhau.
Nubai – O Rap Negro de Lisboa arrecadou o único prémio da Competição Nacional de Videodocumentários. Num filme com cerca de uma hora de entrevistas a vários rappers da periferia de Lisboa, Otávio Raposo leva à tela a vontade de «apontar o dedo ao racismo, à exclusão, à violência policial, à pobreza», enfim, à «vida de preto», como diz. Contudo, a cultura Hip Hop não se ficou por aqui na programação do festival. Enciclopédia Hip Hop, de Uncle C e Mário Brás, que conseguiram realizar uma pequena compilação de hip-hop e suas vertentes por completo, e o videodocumentário Lusofonia (extra competição), que reflecte a importância da música negra no imaginário lusófono, levaram o público a melhor compreender este universo musical e cultural.
Vídeo e Música fundiram-se durante quatro dias na Póvoa de Varzim num evento singular que promete melhorar e regressar.

 

Poderá aceder a toda a informação actualizada sobre o Festival aqui, nomeadamente programa pormenorizado e imagens que marcaram o ViMus.

O Festival ViMus – Festival Internacional de Vídeo Musical é organizado pela Câmara Municipal, em parceria institucional local com o Cineclube Octopus e com o Alto Patrocínio do Instituto de Turismo de Portugal, no âmbito do programa “Animapóvoa”.