Para o último dia, o ViMus reservou um Especial Carlos Saura, um dos grandes cineastas espanhóis da modernidade, encerrando, assim, o ciclo da ‘trilogia da canção urbana’, composta por Fados, Flamenco e Tango. A apresentação de “Fados” e exibição de “Flamenco” na sessão de abertura completam-se, agora, com a projecção de “Tango” e “Ibéria”.

O cenário montado no Diana Bar é especialmente convidativo ao espírito do ViMus. Uma exposição relativa à carreira da mítica banda pop-rock portuguesa “Heróis do Mar” enriquece o ambiente propício ao cruzamento de música e imagens que marcam a singularidade do Festival que decorre há três dias com uma dinâmica própria e única. Neste espaço, pelas 18h30, o público terá oportunidade de assistir ao videodocumentário Brava Dança, um projecto ousado, inédito e muito sugestivo dos realizadores Jorge Pereirinha Pires e José Francisco Pinheiro, estreado recentemente nas salas de cinema. “Brava Dança” é um documento importante que mostra um pouco do que se passou em Portugal na década de 70 e 80, os movimentos paralelos à música popular até então vigente. Embora se debruce sobre os Heróis do Mar, o documentário dá a conhecer o ambiente envolvente, todo o movimento que conjugou os músicos a formarem a banda, bem como os seus anteriores projectos: Os Faíscas, Corpo Diplomático e Tantra. Os realizadores não recorrem a qualquer tipo de narração em voz-off, optando antes por dar a palavra aos músicos e aos amigos que acompanharam o percurso dos Heróis do Mar.

 

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O trabalho de José Pinheiro tem estado sempre ligado à música. Nos últimos 17 anos, concebeu e realizou cerca de duas centenas de vídeos musicais para um conjunto vastíssimo de artistas e bandas portuguesas, bem como diversos programas de música, documentários e videoconcertos.

A última noite do ViMus irá dar oportunidade de, uma vez mais, assistir à compilação dos videoclipes espanhóis mais representativos e actuais da autoria de Luís Cerveró, “Eclectia”. Esta retrospectiva oferece uma visão da actual situação do videoclipe espanhol e um panorama atendendo aos diferentes estilos dos realizadores. Entre os vídeos seleccionados encontram-se alguns polémicos que foram censurados pelo seu conteúdo provocador ao abordarem, sem concessões, temas como a droga e a violência.

O momento mais esperado pelos concorrentes chega pelas 21h30 ao Diana Bar, altura em que serão entregues os prémios para videoclipes nacionais e internacionais – melhor realizador, melhor videoclipe conceptual, melhor videoclipe performativo, melhor fotografia, melhor animação e melhor ficção – e para videodocumentário – melhor videodocumentário nacional. O júri que procede à avaliação dos trabalhos em competição é constituído pelos portugueses José Pinheiro e Nuno Galopim e pelo espanhol Oscar Sarmiento (produtor da retrospectiva “Eclectia”). Premiados os melhores, haverá ainda lugar para a exibição de um videodocumentário extra competição sobre a identidade musical Lusófona, Lusofonia.

Na sua última noite o ViMus continuará a envolver o público num mundo visual fascinante, proporcionando, uma vez mais, o visionamento dos videoclipes nacionais e internacionais de extrema qualidade que competiram neste Festival.

As entradas no último dia do Festival continuam gratuitas, mediante levantamento de bilhete, condicionadas apenas pela lotação dos espaços.

Poderá aceder a toda a informação actualizada sobre o Festival aqui, nomeadamente programa pormenorizado e imagens que marcam o ViMus.

O Festival ViMus – Festival Internacional de Vídeo Musical é organizado pela Câmara Municipal, em parceria institucional local com o Cineclube Octopus e com o Alto Patrocínio do Instituto de Turismo de Portugal, no âmbito do programa “Animapóvoa”.