A curva do tempo
Este livro fala-nos do tema do amor e seu carácter efémero, no seio da natureza sempre viva, percorre as páginas deste livro em que os textos se alinham por etapas, no sentido de descreverem o nascimento da relação amorosa e seu ciclo vital. Deparamo-nos por isso com a exuberância do contentamento do sujeito poético, na expressão de uma alegria pulsando no «agora», um tempo áureo, onde se harmonizam as presenças do «eu» e do «tu». Segue-se a expressão da nostalgia. É o tempo sombrio onde impera a ausência do «outro», onde enfim perduram as lembranças; é uma etapa intermédia que dá lugar à existência de um amor imaginado, um amor vivido no plano do pensamento apenas, uma vivência que se sustenta agora com as memórias gratas do «antes».
Desta forma os amantes já não percorrem a estrada da luz, e surge aos incautos um cenário de sombras: a adversidade, o nefasto oponente que os leva ao caminho das brumas. Submergem por isso, inadvertida e irremediavelmente, nas águas pantanosas do «depois».
Assim, como um corpo que nasce, vive e morre, também a relação amorosa surge, permanece e desaparece. No livro A curva do Tempo o regresso é impossível, por ser impossível o regresso ao passado.
Clementina Matos adquiriu o Diploma Superior de Língua e Civilização Francesa na Escola Internacional «Alliance Française», em Paris. Frequentou a Universidade de Paris «La Sorbonne», adquirindo aí o seu Certificado de Língua e Civilização Francesa.
Licenciou-se posteriormente em Línguas e Literaturas Modernas, Português e Francês, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Obteve seguidamente a sua profissionalização para o ensino, com o diploma de Qualificação em Ciências da Educação, pela Universidade Aberta de Lisboa. Mais recentemente, obteve um diploma de Formação em Bibliotecas Escolares, passado pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, no Porto.
Pertenceu aos quadros das escolas: Rocha Peixoto e Eça de Queirós, lecionando as disciplinas de Português e de Francês. Mudou-se para o Porto no ano letivo de 2006/2007, para lecionar na Escola Secundária Garcia de Orta — onde permaneceu durante três anos — e é atualmente a responsável pela Biblioteca da Escola Profissional Infante D. Henrique, a cujo quadro pertence.
Participou duas vezes em concursos nacionais tendo ganho os prémios «Dar Voz à Poesia» em Ovar no ano de 2006 e «Abraços de Terra e Rio» em Salvaterra de Magos no ano de 2015.
Ainda em 2015 publicou um livro de Poesia “Os Amantes de Janeiro” e no mesmo ano lançou “A Letra E” — narrativa inspirada em factos vivenciados pela autora no seio de uma família nortenha, em meados do século xx. Em Novembro de 2017 publicou o romance, baseado em factos da vida real, Piedade – Paixão em Gondramaz.
Participou em coletâneas diversas, com contos, ensaios e poesias.