Sinopse:
Num espaço fechado, num tempo infinito, num dia repetido à exaustão.
Marta e Maria desafiam as horas, encontram motivos para que o dia avance.
Viajam entre o passado e um eterno presente que as aprisiona.

“A violência faz calar o pensamento. Fecha os olhos, rouba o espírito, rouba a iniciativa e bloqueia a liberdade. Antes de explodir e de semear o medo, antes que brote num coração angustiado, cresce e corrompe na sombra. Faz parte da vida íntima, dos lugares mais profundos da alma, e permanece ao longo de toda uma vida.
A violência na família é algo tantas vezes calado, abafado para lá da entrada da porta, sofrido em silêncio em nome de algo que se acredita maior, por um grito que não se chega a dar, por uma vida que nunca se chega a viver.”

Num diálogo surdo mas pleno de afeto, Marta e Maria apenas sobrevivem à sua própria história.