Ainda que efémero, este tempo que o Natal ilumina vale pelo reencontro do homem com o melhor da sua condição. E algo fica – que nem tudo se esfuma com o retorno, pelos Reis, à velha cacofonia da discórdia cega, da paz podre, da agressividade gratuita, da guerra fratricida.
Ainda que embrulhada numa atmosfera comercial asfixiante, esta quadra do Natal e do Ano Novo permite que, nos seus meandros, circule a seiva dos valores que nos fariam viver mais próximos da nossa natureza: mais irmãos, mais solidários, mais amigos. Pena que, fora da quadra e do seu clima muito próprio, estes impulsos, geradores de fugazes momentos de felicidade, se apaguem, deixando escasso rasto.
Mas o mundo seria pior – e cada um de nós sentiria isso – sem estas vivências anuais, ainda que empobrecidas por rituais que, como disse, pouco têm a ver com o espírito inicial da celebração do Natal e da saudação ao Ano Novo.
Vivamos, pois, estes dias com a esperança de que, não obstante os sinais pessimistas que surgem de todo o lado, o mundo que nos espera será melhor. Porque não tem alternativa!
E, como costumo referir – com a felicidade de quem se sente portador de uma Boa Nova – a Póvoa de Varzim tem, ainda mais este ano, razões para sentir que aqui estão cada vez mais vivas (no desenvolvimento que é crescente em todo o concelho) as raízes da Esperança num futuro melhor, para todos.
Feliz Natal! Bom Ano Novo!
O Presidente da Câmara,
José Macedo Vieira