Esta
manhã, o Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar organizou o Seminário
“Classificação Internacional de Funcionalidade e Educação Inclusiva: do sonho à
realidade – o equilíbrio necessário e urgente”. Luís Diamantino, Vereador da
Educação, participou neste evento e clarificou: “os que me conhecem sabem que
nem sempre faço discursos politicamente corretos, pois tento sempre alertar
para factos que considero importantes”. O autarca referiu que “o mais
importante é não deixarmos de sonhar e sinto que a pessoa que sou neste momento
é feito de sonhos realizados e por realizar”.

“No
ensino público devemos tratar aqueles que são diferentes, de forma diferente.
Querer tratar de forma igual é um grande erro. E nós, Câmara Municipal, somos
muitas vezes alertados pelos pais com problemas que não competem ao município,
mas que o Ministério da Educação não consegue dar resposta. Os pais vêm sempre
falar com quem lhes está mais próximo, e não é a DREN, o Ministério da
Educação, o Ministro ou o Secretário de Estado. Por isso, sentimos na pele,
muitas vezes durante o ano, esta necessidade de dar resposta”, disse o Vereador
da Educação.

Luís
Diamantino afirmou que “um dos problemas é quando queremos trazer para o nosso
país projetos que não são nossos e que não se adequam, tal como este edifício,
à beira mar plantado e que não tem nada a ver connosco. A agregação de
agrupamentos, fazer grandes escolas com três mil, quatro mil alunos, mas
continuamos a achar importante quando em Inglaterra, um dos primeiros países a
adotar esta ideia, está a voltar às escolas pequenas, de comunidade, de
proximidade, porque verificou que o sucesso escolar aumentou
extraordinariamente quando voltou à velha forma de ensino”.

“Temos
todos de continuar a trabalhar. Eu sei que é fácil fazer este discurso, até
porque o partido que está no governo é o partido cujas ideias eu perfilho, mas
os professores têm de estar nas salas de aula a mostrarem o que valem. Não é
mergulhado em papel, mais papel, não é. Penso que os professores têm de fazer
aquilo para o qual estão preparados. Nós não somos administrativos, não somos
secretários, nós temos de estar preocupados apenas com os nossos alunos”,
sublinhou o Vereador.  

As
restantes intervenções do Seminário couberam a Carlos Gomes de Sá, Diretor do
Agrupamento; Filinto Lima, Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e
Escolas Públicas –ANDAEP; Manuel Rodrigues, Presidente da Associação das
Matemáticas para a Educação Inclusiva; Maria José Necho, advogada e jurista
coordenadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; Tânia Guindeira,
terapeuta de fala na Stª Casa de Misericórdia de Vila Nova de Foz Côa.