Tradicionalmente feita em lã branca e decorada a ponto de cruz com linha vermelha ou preta, a camisola integrava o traje do pescador poveiro até finais do século XIX, altura em que o luto associado à grande tragédia marítima de 27 de fevereiro de 1892 traçou a sentença de morte desta peça de cor branca. O seu uso foi revitalizado com a criação do Grupo Folclórico Poveiro, em 1936.

Desde aí a camisola tem evoluído, assistindo-se à introdução de novos motivos de inspiração marítima, adoção de diversas fibras e diversificação de cores. Tornou-se um verdadeiro ícone cultural, que tem inspirado diferentes criações artísticas.

E foi precisamente o Grupo Folclórico Poveiro, embaixador da camisola poveira pelo mundo, que representou a cidade no último dia da Feira de Artesanato, numa atuação que encheu o recinto de cor e alegria.