O responsável pelo Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa, Eng. Manuel Angélico, explicou que “este é um projecto fundamental para o Município já que irá contribuir para a melhoria do meio-ambiente e para a valorização orgânica dos lixos”. O vereador acrescentou, ainda, que “nesta primeira fase vamos avançar com cerca de 60 estabelecimentos. No entanto, a intenção é aumentar este número em pouco tempo.” Além de todas as vantagens ambientais esta operação irá reduzir a factura que o município paga à Lipor, já que, as toneladas de lixo indiferenciado entregues será menor.

Este projecto inovador que espelha a grande preocupação da autarquia em torno das questões ambientais, consiste na recolha dos resíduos sólidos orgânicos de restaurantes e cantinas do concelho para a sua transformação num Composto. Esta técnica, denominada compostagem, é um processo natural de decomposição controlada de matéria orgânica realizada por microorganismos (bactérias e fungos). O resultado é a transformação num produto que leva cerca de seis meses a obter e que, utilizado como adubo, traz imensas vantagens para os solos, nomeadamente, melhorando a sua estrutura e fertilidade, retendo água e reduzindo a utilização de pesticidas e herbicidas. Além de todas estas vantagens este adubo pode ser extremamente barato pelos custos quase nulos da matéria-prima, pode ser armazenado por longos períodos de tempo e usado em qualquer altura do ano.

Os técnicos da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim distribuíram durante três dias anteriores ao início do serviço de recolha (15, 16 e 17 de Maio), nos locais aderentes, material informativo e os caixotes castanhos onde se devem colocar os restos da preparação das refeições, produtos frescos não embalados e sobras de alimentos.