Na sua intervenção, o Presidente da Câmara lamentou a situação crítica em que o setor de gestão de resíduos se encontra em Portugal, isto porque 55% dos resíduos ainda são depositados em aterro sem qualquer valorização (a meta europeia é de 10%) e apenas 18% é alvo de valorização energética (a média europeia é de 28%). Ao referir o exemplo do concelho da Póvoa de Varzim, cuja qualidade dos serviços prestados na gestão de resíduos urbanos foi recentemente reconhecida e premiada, Aires Pereira tentou mostrar que a mudança em termos de modelo de negócio é possível.

Na sua opinião, Portugal precisa urgentemente de mais investimento e fundos comunitários para aumentar a sua capacidade de valorização energética através da construção de novas centrais ou expansão das existentes.  Mas, para que tal aconteça, é necessária vontade política do Governo para definir estratégias adequadas para os nossos recursos e evitar taxar mais os contribuintes portugueses. Caso contrário, estaremos cada vez mais longe de atingir as metas e compromissos assumidos em sede da UE ou ONU, como é o caso da Agenda 2030.

Por fim, o Presidente da Câmara votou ainda favoravelmente nos três Pareceres sobre o impacto das alterações climáticas nas regiões, o Pacto Ecológico Europeu e o caminho para uma economia neutra em termos de clima, que serão sujeitos a votação final na próxima Sessão Plenária do Comité das Regiões Europeu.

Agenda da  5.ª reunião da Comissão ENVE

Intervenção Aires Pereira