Recuperar o espírito subjacente às praças, que são espaços centrais das cidades e tradicionais locais de passagem e encontro dos seus habitantes, locais com conteúdo e vida, à volta dos quais, quantas vezes, se organizam as malhas urbanas, constitui outro dos objectivos da intervenção a realizar.

O resultado mais visível desta intervenção será o encerramento ao trânsito da parte norte da Praça, apesar de não se comprometer o acesso de viaturas de serviço e urgência a esta área,  passando a circulação automóvel a fazer-se nos dois sentidos, no lado oposto. Quanto à imagem global, não sofrerá grandes alterações, uma vez que há a preocupação em preservar a memória do espaço.
Os pavimentos passarão a ser predominantemente constituídos por cubo de granito e calcário e lajedo de granito, mantendo-se, desta forma, uma coerência na utilização de materiais tradicionais desta região do país e que também já têm vindo a ser utilizados noutras obras de requalificação do espaço público urbano.
Haverá um aumento das zonas ajardinadas e serão também plantadas mais árvores, não só na placa central, como em algumas zonas de passeio, que circundam a Praça. A iluminação será reforçada através da colocação de novos candeeiros e o mobiliário urbano será igualmente renovado.
Antes de se passar aos arranjos de superfície, as obras começam pela remodelação e substituição das infra-estruturas de água, saneamento e escoamento de águas residuais, bem como pela intervenção nas redes de telecomunicações e electricidade.
Para intervir nesta área de cerca de 14 mil metros quadrados, as obras deverão prolongar–se, no mínimo, por nove meses e o resultado final será uma Praça do Almada renovada, com uma imagem apelativa, que não corta com o seu passado mais recente e que a integra melhor numa Póvoa de Varzim mais virada para os peões e que, nos últimos anos, tem vindo a ser alvo de intervenções semelhantes em várias artérias.