Esta candidatura tem como beneficiária, pelo lado português, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) enquanto coordenadora do projeto e que assumirá todos os encargos inerentes à contrapartida nacional.

Pretende-se, com este protocolo, viabilizar a apresentação da candidatura transfronteiriça, bem como, confirmar a anuência e empenho dos parceiros na implementação das ações previstas no programa de intervenção conjunto tendo em vista a consolidação e estruturação da Rede de Castros do Noroeste.

Assinaram este protocolo a Direção Regional de Cultural do Norte, a Sociedade Martins Sarmento, e os Município de Boticas, Esposende, Monção, Paços de Ferreira, Penafiel, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diamantino, considera que “esta candidatura poderá ser preparatória para candidaturas individuais. Nessa altura, serão os municípios a assumir a contrapartida e não a DRCN”.

Neste momento, trata-se, acima de tudo, da “uniformização dos Castros tanto da Galiza como de Portugal: com sinalética idêntica para todos; com facilidades nas acessibilidades e com técnicos munidos de sensibilidade que traga uma leitura única para todos os Castros”, enumerou Luís Diamantino.

O autarca afirmou que “temos vários pontos importantes para criarmos um itinerário cultural que irá promover turisticamente este roteiro que começa no norte de Portugal e se estende até à Galiza. Só temos a lucrar em estarmos inseridos nesta Rede de Castros do Noroeste”, concluiu.

O Diretor Regional da Cultura do Norte, António Torres da Ponte, explicou que “em 2014, a DRCN em conjunto com os municípios formalizou a criação de uma rede de Castros na zona norte. Estes castros, fruto do trabalho diferenciado dos municípios, encontram-se em estado diferenciado de evolução. Com este protocolo, que vai servir de base ao projeto de candidatura a fundos comunitários, pretende-se tentar uniformizar o estado de maturação do trabalho nos diferentes castros para que possamos estabelecer processos de promoção com a mesma base cartográfica, o mesmo tipo de fotografias e textos, numa plataforma que seja desenvolvida para o efeito”.

O Diretor Regional da Cultura do Norte transmitiu que “os municípios ficarão munidos de um conjunto de instrumentos de gestão do território de base cartográfica e fotográfica mas também com uma capacidade de promoção igual em toda a região. Esta é a grande base deste projeto: uniformizar o estado de desenvolvimento do trabalho nos diferentes castros da região norte de Portugal e, por outro lado, criar já ligações com a Galiza para ampliar também o efeito prático desta rede na promoção e no intercâmbio das experiências de gestão e de investigação na área do património castrejo”.

António Torres da Ponte chamou a atenção para o facto de se tratar de “um processo aberto. Os municípios podem propor a sua adesão a esta rede. O que se pretende é que se assuma a importância que os Castros têm em cada um dos concelhos e que tenham sido já dadas algumas provas de que há trabalho desenvolvido sobre esse património”, esclareceu.

Fomentar o turismo é também um dos objetivos deste processo de uniformização: “criar um conjunto de sinergias de trabalhos que de alguma forma potencie a capacidade de atração de turistas a esta região. Os Castros podem funcionar como mais um atrativo”, constatou o Diretor Regional.

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