Depois de terem, em Paris, auxiliado a Seleção Nacional a obter um
histórico 9º lugar (de um total de 113 países em competição), Luís Silva e
Vitalie Certan regressaram a casa com a sensação de dever cumprido. Luís Silva,
do Grupo Recreativo Estrelas do Bonfim, participou pela primeira vez num
Campeonato do Mundo, um sonho antigo do jovem universitário de 18 anos. O
karateca classificou os seus concorrentes como “atletas com um nível muito
elevado, o que para mim foi excelente”. A equipa que integrava derrotou seleções
como Kuwait e Chipre, mas esbarrou na seleção do Perú, perdendo na semifinal
4-1. Luís Silva está já a preparar-se para o Campeonato da Europa, que se
realiza este fim-de-semana, na Sérvia. 

luis silva
Luís Silva

Quanto a Vitalie
Certan, do Centro de Karaté Aguçadourense, afirmou que esta participação
“superou as minhas expectativas. No primeiro combate enfrentei o Campeão do
Mundo e venci”. Quanto ao nervosismo, o atleta confessa: “experimentei novas
sensações, pois o nível era muito elevado e nunca tinha combatido com atletas
tão bons”. O revés desta participação traduziu-se numa lesão num dedo do pé,
que o atleta já está a tratar com fisioterapia. Nada que coloque em causa o seu
otimismo em relação à sua participação no Campeonato Europeu, já no
fim-de-semana, na Sérvia.   

Vitalie Certan fez
parte da equipa de combate masculino de Portugal que
silenciou as 16 mil pessoas que apoiavam efusivamente a equipa da casa, no
confronto que op
ôs as duas nações. Os atletas lusos acabariam por ser derrotados por 3-1, em
combates muito emocionantes e com incerteza no marcador até ao último segundo,
o que deixou os franceses com os nervos a flor da pele. Portugal, que eliminou
na primeira ronda os gregos, campeões da europa em 2011, por 3-1, viria a ser
repescado, depois dos gauleses, favoritos para a conquista do ceptro mundial,
se apurarem para final. Afastados da luta pelo ouro, aos karatecas nacionais restava
agora a luta pela medalha de bronze. Percurso que se iniciou de forma
arrasadora com uma vitória por 3-0 frente ao Cazaquistão. No entanto Portugal
perderia logo de seguida frente a Marrocos por 3-2, ficando assim arredado do
pódio, alcançando o nono lugar. Termina assim a participação dos atletas
portugueses neste mundial, que contou com a participação recorde de 113 países
e 1435 atletas. Um passo importante na afirmação da modalidade, num momento em
que almeja se tornar modalidade olímpica.

Terminou, assim, a
participação dos atletas portugueses neste mundial, que contou com a
participação recorde de 113 países e 1435 atletas. Um passo importante na
afirmação da modalidade, num momento em que almeja se tornar modalidade
olímpica. Em Portugal é, atualmente, a primeira modalidade desportiva
individual com maior número de associações e clubes no Registo Nacional de
Pessoas Coletivas, e a federação especializada em artes marciais com maior
número de praticantes federados (mais de 16000).