Não fosse pelas gruas que ainda estão no terreno e Avenida Mousinho já se teria transformado numa linha recta para o mar, livre de obstáculos e parecendo mais larga do que nunca.

Mas
as obras que a estão a transformar avançam a bom ritmo. Já passaram perto de 14
meses e os progressos são bem visíveis.

Talvez
o mais interessante seja o subterrâneo, que se vai transformar em parque de
estacionamento com capacidade para meio milhar de viaturas. Em alguns pontos da
obra, são muitos os que não conseguem resistir a tentar espreitar lá para
dentro.

À
superfície, ao longo de toda a Avenida, as transformações ganham forma. Se, há
poucos meses, era no Largo das Dores que eram mais visíveis os avanços da obra,
agora pode dizer-se que há um equilíbrio na imagem que a artéria apresenta.


são visíveis as áreas que serão destinadas às zonas relvadas e às novas
árvores, os acessos ao parque subterrâneo, as dimensões dos passeios, as rampas
que indicam lugares de atravessamento para pessoas com dificuldades motoras e,
nas faixas de circulação, já estão desenhadas passadeiras provisórias.

Foi restabelecida a
passagem pela Estrada Nacional e, também porque começaram numa fase mais
avançada, prosseguem as obras no Largo do Passeio Alegre, onde se procede à
colocação de condutas de escoamento de águas pluviais. Estas condutas convergem
para o interior do Porto de Pesca e, para que fiquem no subsolo, é necessário
abrir caminho numa parte do Largo, que será reposta uma vez terminados os
trabalhos.

mousinho 01

Previstas
para se prolongarem por 20 meses, estas obras, que mexem com uma vasta área
central da cidade, foram projectadas para avançar causando o mínimo de impacto
possível junto da população, o que se tem verificado.

Sem
estacionamento à superfície, com mais espaço para os peões, a Avenida Mousinho
de Albuquerque surgirá, com certeza, com uma imagem mais bem adaptada aos
edifícios que lá foram sendo construídos, a partir dos finais dos anos 70, e
que não existiam quando esta artéria foi criada.

mousinho 02

Melhor ambiente e espaços mais
apelativos são outra das prioridades do projecto, que investe na criação de
áreas ajardinadas e na arborização. Quando os trabalhos estiverem concluídos,
vão ser introduzidas cinco espécies diferentes de árvores, com bom desempenho
urbano e possuidoras de carácter histórico – Pimenteiro falso, Castanheiro da
Índia, Catalpa, Plátano e Magnólia.