À inauguração desta exposição irá seguir-se uma sessão evocativa na qual vão participar familiares, amigos e professores do “Liceu” que trabalharam e conviveram com o Professor Énio Ramalho.

A exposição estará patente até 27 de junho.

Énio da Conceição Ramalho nasceu em Macau, a 22 de agosto de 1915. Ali frequentou a Escola Primária e o Liceu, e ali viveu até à sua vinda para Coimbra, onde estudou Filologia Germânica. Concluiu o curso universitário com distinção e a sua tese de Licenciatura – “Aldous Huxley – O Intelectual Perante os Homens e a Vida” – foi publicada, em separata, na revista “Biblos”, Vol. XVII, Tomo I e II e Vol. XVIII; Tomo I. Lecionou em vários Liceus do país, entre eles o então Liceu Nacional da Póvoa de Varzim, entre 1957 e 1962.

Continuando a fazer do Teatro uma atividade paralela, levou à cena, no Cine-Teatro Garrett, em Maio de 1958, a peça “Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente, em 1960, a comédia “Entre a Flauta e a Vida”, de Camilo Castelo Branco e, em 1961, “Guerras do Alecrim e Manjerona, de António José da Silva com alunos das suas turmas.

Em 1985, aposentou-se, por limite de idade.

Ao longo da sua vida sempre se dedicou à Música e à Pintura.

No campo da Música, iniciou, ainda muito novo, os estudos de Solfejo e Órgão, sob orientação do Rev. P.e Mateus das Neves, Diretor da “Scholla Cantorum”, da Igreja de S. Lourenço, em Macau, tendo, posteriormente, estudado Harmonia e Composição. É autor de variadíssimas composições para solo e coro e também de peças instrumentais, especialmente para violino e piano.

No que se refere à Pintura, participou numa exposição coletiva, no Salão do Casino desta cidade, e fez a sua primeira exposição individual, no Salão de Turismo, em 1991. Em 1985, participou numa exposição comemorativa dos 150 anos do nascimento de Eça de Queirós, realizada na Cooperativa “A Filantrópica”, com o seu quadro “O Mandarim”. As suas “Estampas com Trajes Poveiros” foram reproduzidas em postais, numa iniciativa da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Desde cedo, dedicou-se também ao retrato, estando representado em várias coleções particulares.

A 16 de Junho de 2005, Énio Ramalho é agraciado com a Medalha de Cidadão Poveiro, de grau prata.

Faleceu a 13 de julho de 2013.