Manuela Ribeiro contou com uma acarinhada apresentação da
sua obra por parte de alunos de uma turma da Escola dos Sininhos, iniciativa
pensada pela professora Rosália para homenagear a autora.  

Segundo Luís
Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, “Manuela conseguiu colocar-se no
lugar de uma criança e a sua escrita transmite afectos, relações de amizade e
carinho, valores que ela própria transmite na sua vida”. Foi neste ambiente de
afectos que decorreu a apresentação da obra, na qual também estiveram presentes
a escritora Ana Luísa Amaral e o editor da Campo das Letras, Emídio Ribeiro.

Emídio Ribeiro
também conheceu António Joaquim Ferreira, o Catitinha, e sente um orgulho
enorme ao ler o livro da Manuela, através do qual consegue atingir o imaginário
da sua infância.

Ana Luísa Amaral deliciou o público lendo excertos desta obra que
constitui “um exemplo de literatura para a infância em forma de conto”. Numa
espécie de mundo onírico somos transportados
ao mundo da infância perpassando diferentes espaços físicos – Póvoa, Espinho,
Caminha, Nazaré, Leça – lugares dos quais fica somente o nome. A autora
transmite, afavelmente, a angústia da perda sentida pelo Catitinha e a
cumplicidade de sentimentos é partilhada pela criança e pelo balão, “Sorria. Ria. O Catitinha. Sorria. Ria. A menina. E o balão.”.

 manuela_ribeiro

A homenagem a uma infância perdida no
tempo transmitida pelas palavras de Manuela Ribeiro é completada pelas
ilustrações de Evelina Oliveira que, num misterioso compósio fascinam o leitor,
independentemente da sua idade.

O Catitinha resulta de um desafio
lançado pela editora à autora poveira que, deste modo, enriquece a literatura
infantil portuguesa lembrando uma figura que muitos poveiros recordam com
saudade e respeito.