Estiveram
presentes Armindo Ferreira, Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro de
Rates, José Abel Carriço, Direcção Artística do Ciclo, e Padre Manuel Sá
Ribeiro, Pároco de São Pedro de Rates.

Para
Armindo Ferreira, “esta não será uma edição do Ciclo mas sim uma edição
diferente porque não há duas iguais” explicando que “a linha condutora deste
projecto é crescer sustentadamente de ano para ano”. Neste sentido, “o programa
inova e enriquece todos os anos”, revelou, acrescentando que “há um esqueleto
que se mantém e vai sendo aperfeiçoado”. O Presidente da Junta anunciou ainda
que “este caminho de crescimento sustentado é feito, maioritariamente, com
público local, de Rates e freguesias vizinhas, gerando-se um cruzamento entre
os diferentes níveis musicais e o público-alvo”.

Referindo-se
ao tempo de crise que o país atravessa, o autarca afirmou que a cultura é uma
área vítima de cortes orçamentais, no entanto, “temos uma perspectiva diferente
e encaramos a cultura como uma arma poderosa de desenvolvimento na qual
apostamos estrategicamente”. E a justificar esta aposta, o facto desta
“iniciativa pedir continuidade ao fim de cinco anos em que resultou muito bem”,
revelou.

Abel
Carriço referiu-se também à “sensibilidade cultural que prevalece na
organização deste evento apesar das dificuldades financeiras” informando que
“não descurando a qualidade musical do Ciclo, foi necessário um esforço de
contenção na selecção dos agrupamentos musicais para que fossem de localidades
próximas de modo a evitar mais gastos”.

Quanto à
programação do 6º Ciclo, o Director Artístico afirmou que a “música assenta,
essencialmente, no barroco, bem como o tema da conferência de José Maria
Pedrosa” e referiu-se também ao carácter formativo que as conferências e o
Curso de Direcção Coral/ Técnica Vocal conferem ao evento para além da sua
vertente histórico-cultural. José Abel Carriço falou ainda da importância do Encontro
de coros como um importante momento de partilha contemplado no Ciclo.

A
propósito do Encontro de coros paroquiais do Arciprestado de Vila do Conde/
Póvoa de Varzim, o Padre Manuel Ribeiro Sá disse que “há um incentivo muito
forte para os grupos corais aproveitarem a oportunidade de se formarem cada vez
mais na dinâmica da música litúrgica para incrementar o espírito religioso”. O
pároco acrescentou que “há quem não dispense participar neste encontro todos anos,
nomeadamente das freguesias de Aguçadoura, Junqueira e Balasar, entre outras”.

O Ciclo
de Música Sacra arranca no domingo, 1 de Maio, com a
conferência “A Música Sacra entre a reforma tridentina e a estética do
barroco”, por José Maria Pedrosa, da Universidade de Coimbra, às 18h30.

Na sexta-feira, 6 de Maio, às
21h30, acontecerá o Encontro de Coros Paroquiais com o
Grupo Chorus X da Paróquia da Matriz de Vila do Conde, o
Grupo Coral do Coração de Jesus da Paróquia de Terroso, Grupo Chorus XI da
Paróquia de Aguçadoura e o Grupo Coral da Paróquia de S. Pedro de Rates.

No domingo, dia 8 de
Maio, às 18h30, poderá assistir ao concerto “O Magnum Mysterium”, pelo grupo La
Farsa, com direcção musical de Luis Toscano. Uma semana mais tarde, no dia 15
de Maio, também às 18h30, assista ao concerto “O Canto Gregoriano no Louvor
Cristão”, pelo Coro Gregoriano de Penafiel e com direcção musical de Ana
Marjorie Pérez.

De 20 a 22 de Maio,
António Mário Costa, da Universidade Católica do Porto e do Conservatório de Aveiro,
levará a cabo o IV Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal. 

No dia 21 de Maio,
sábado, às 21h30, José Paulo Antunes, da Universidade Católica do Porto, falará
sobre “Os Ministérios da Música na Liturgia Cristã de Hoje. Perspectiva
teológica, litúrgica, pastoral e musical”.

No dia 22 de Maio, domingo, às 18h30, o Grupo Vocal
“Solo Voces”, com direcção musical de Fernando G. Jácome, apresentar o concerto
“Polifonia Ibérica entre os séculos XIV e XVIII”. A fechar o Ciclo, poderá
assistir ao concerto “A Música no cerimonial litúrgico”, pelo Coral Ensaio da
Escola de Música da Póvoa de Varzim, sob direcção de Abel Carriço.