Após um ano de interregno, aquela que é uma das mais antigas “Clássicas” do país regressa, homenageando o poveiro Rui Costa, primeiro português a ser Campeão do Mundo de Ciclismo.

A prova, que foi apresentada na passada sexta-feira, 28 de março, terá um percurso igual ao da 17ª edição, ou seja, 146 quilómetros e sete passagens pelo Monte São Félix. A corrida tem partida marcada para as 11h00 da manhã na Esplanada do Carvalhido, local onde está também a meta, que deve ser cortada por volta das 14h30. As freguesias de Aver-o-Mar, Navais, Estela, Laundos, Rates, Terroso e Amorim irão ver passar os ciclistas das 13 equipas participantes, nove portuguesas e quatro espanholas. 

Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, explicou que “foi possível voltar a realizar a prova no âmbito da programação que o Município tem para que, neste período de época baixa, possa haver um conjunto de eventos que tragam mais gente à nossa cidade”. Para além disso, faz-se também “a promoção do ciclismo e da utilização da bicicleta. Temos que, de alguma forma, fazer com que o desporto seja um ativo na promoção da cidade”.

O edil esclareceu que “a prova irá realizar-se nos moldes habituais de modo a causar o mínimo constrangimento possível à cidade”.

Sobre a prova ter, este ano, o Troféu Rui Costa, o Presidente referiu que “se justifica pelo facto de termos entre nós um Campeão do Mundo, e temos que valorizar esse ativo. O Município tem responsabilidades no sentido de fazer a divulgação desta modalidade”.

Neste sentido, o autarca lembrou que no Dia da Cidade, a 16 de junho, a Câmara Municipal irá distinguir Rui Costa, “a nossa maior referência do ciclismo mundial”, com a Medalha de Reconhecimento Poveiro.

Como membro do Centro Desportivo de Navais, Manuel Zeferino revelou que era “um prazer voltar a organizar esta prova, a clássica mais antiga do ciclismo nacional, neste momento. Será um pelotão de luxo, onde estarão todas as equipas profissionais de sub-23 nacionais e quatro espanholas”.

Zeferino espera que “haja uma grande luta”, tendo em conta que “o percurso é altamente seletivo. As sete passagens pelo Monte S. Félix vão ser determinantes para que o vencedor seja um corredor completo”.

O antigo ciclista lamentou apenas o facto de “o nosso Campeão do Mundo não poder estar presente por motivos profissionais”, no entanto, salientou a participação do seu irmão, o poveiro Mário Costa.

Delmino Pereira, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, transmitiu que “estamos a viver tempos muito bons no ciclismo português, com um grande crescimento no número de praticantes e de filiados, em todas as vertentes, também fruto do prestígio que o Rui Costa está a dar ao ciclismo”. Assim sendo, “nada mais justo do que fazermos uma corrida que homenageia este corredor que é o símbolo do nosso ciclismo e, a nível internacional, símbolo do desporto em Portugal”.

Para o Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, “reeditarmos a Clássica da Primavera, numa altura em que é necessário haver mais corridas, tem um forte interesse desportivo”.

Delmino Pereira recordou ainda a sua participação em provas de ciclismo na nossa cidade, designando a Clássica como uma prova difícil e de grande valor e referência. “Qualquer corredor gosta de a colocar no seu currículo”, revelou.