O Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que terá lugar de 23 a 26 de Fevereiro, irá trazer à Póvoa de Varzim cerca de 65 escritores de 12 países, sendo que 22 participam pela primeira vez no evento, informou Luís Diamantino destacando a presença de Eduardo Lourenço. Em evidência, entre os participantes, Laborinho Lúcio, antigo Ministro da Justiça, que fará a Conferência de Abertura, no dia 23, às 15h30, no Auditório Municipal.

Outro dos momentos altos do Encontro referido pelo Vereador da Cultura é a Sessão Oficial de Abertura, no Casino da Póvoa, onde será feito o anúncio dos vencedores dos quatro concursos literários, o Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, o Prémio Literário Correntes d’Escritas/ Papelaria Locus, que tem 82 trabalhos a concurso, o Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas/ Porto Editora, que contou com a participação de 56 escolas, e o Prémio Fundação Dr. Luís Rainha, atribuído pela primeira vez este ano, e ao qual concorreram 12 trabalhos de poveiros ou dedicados à Póvoa de Varzim. Ainda na Sessão de Abertura, destaque para o lançamento da Revista Correntes d’Escritas nº 10, dedicada a Luísa Dacosta, uma “poveira de coração”, que já foi distinguida com a Medalha de Mérito pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

Luís Diamantino informou ainda que o programa do Correntes d’Escritas conta com as habituais mesas de debate, cujos temas escolhidos são versos retirados de cada um dos livros finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa. Assim sendo, expressões poéticas dos diferentes autores candidatos ao Prémio servirão de mote para as mesas. Também as sessões nas escolas, que irão decorrer em todas as escolas E.B. 2/3 e Secundárias do concelho, terão como ponto de partida um verso de Luísa Dacosta, “Procuro a palavra”. Para além disso, e com o mesmo tema, irão realizar-se sessões com escritores, no Diana Bar, para alunos de várias escolas de Vila do Conde, Famalicão, Porto e Santa Maria da Feira.

“Infelizmente, no Correntes também falamos das pessoas que por cá passaram e não voltam a passar”, desabafou o Vereador, revelando que, na Sessão de Encerramento, Carlos Pinto Coelho e Malangatana serão lembrados e “iremos falar e ouvir falar dos bons momentos que guardamos com estas duas presenças marcantes em anteriores edições do evento cuja ausência é notada, não só aqui, mas também na cultura portuguesa”.

O Vereador referiu que durante os quatro dias terão lugar 30 lançamentos de livros, na Casa da Juventude, onde também irá decorrer a Feira do Livro, e no Axis Vermar, que acolhe ainda sessões de poesia.

Luís Diamantino destacou o papel do Casino da Póvoa que, como patrocinador principal do Encontro, é um “incentivo muito forte” e que, este ano, para além de acolher a Sessão de Abertura e atribuir o Prémio Literário Casino da Póvoa, colabora com a publicação do catálogo da exposição “Rostos e Pessoas” de Hélder J.T. de Carvalho, que estará patente no Museu Municipal e será inaugurada no dia 23. A Fundação de Serralves também coopera através da Exposição “Poesia Experimental Portuguesa”, da Colecção da Fundação de Serralves que estará na Biblioteca Municipal.

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As associações culturais poveiras Octopus e Varazim Teatro organizam sessões de cinema e teatro, respectivamente: no dia 17, será apresentado O Filme do Desassossego, de João Botelho, e no dia 24, será exibido um filme de Miguel Gonçalves Mendes que retrata a relação entre José Saramago e Pilar del Río, José e Pilar. A 19 de Fevereiro, às 22h00, irá subir ao palco do Auditório Municipal a peça Bela Dona, Apalavrado 3 de Pedro Eiras.

O Vereador referiu-se também às parcerias estabelecidas com a Booktailors – Consultores Editorais e com a Revista LER para a divulgação, no Encontro, dos vencedores dos Prémios de Edição LER/Booktailors e com a Universidade do Porto e com o Jornal de Letras, Artes e Ideias (JL) para a atribuição do Prémio Reportagem Correntes d’Escritas/JL. A Universidade vai seleccionar um grupo de alunos do curso de Ciências da Comunicação que acompanharão diariamente o Correntes d’Escritas elaborando trabalhos de reportagem em vários formatos. No final, cada aluno fará uma reportagem final, sobre a globalidade do Encontro. A melhor será publicada no JL, na versão impressa ou online, de acordo com a peça realizada.

Para além do Casino da Póvoa, o Correntes d’Escritas conta, para a sua organização, com o apoio de “parceiros privilegiados, que estão connosco desde a primeira hora”, como adjectivou Luís Diamantino. São eles a Papelaria Locus, o Cineclube Octopus, o Varazim Teatro, a Porto Editora, o Instituto Cervantes, a Norprint e o Axis Vermar, a que se juntaram, a BMcar, o Governo Argentino, a Embaixada do México.

Luís Diamantino assinalou também a comparticipação do Turismo de Portugal acrescentando que “a aposta cultural da Câmara Municipal que promove a Póvoa de Varzim além fronteiras tem tido o apoio do Turismo de Portugal”.

Susana Saraiva, do Casino da Póvoa, referiu que “é uma honra estarmos associados ao Encontro e podermos patrocinar o Prémio, porque o Correntes d’Escritas é, efectivamente, um evento que dá imensa projecção à Póvoa de Varzim”. Para além disso, e seguindo uma linha de apoio à Cultura desenvolvido por esta entidade, o Casino apoia a publicação de um catálogo da exposição “Rostos e Pessoas” de Hélder J.T. de Carvalho.

Acompanhe o Correntes d’Escritas no portal municipal.