Perante uma turma, de alunos do ensino secundário, o escritor, jornalista e professor universitário Leo Cunha falou sobre alguns dos seus livros. Entre eles, os dois que mais se destacaram foram: Um dia, um Rio e Cachinhos de Prata.

Um dia, um Rio é uma história que conta a tragédia, que aconteceu em Minas Gerais, no Brasil, no ano de 2015, quando uma barragem rebentou e destruiu o Rio Doce. Neste livro, Leo Cunha deixa que seja o Rio a contar a sua história de uma forma doce e amarga. No fundo, esta obra infantil é um grito de socorro de um Rio indefeso que foi invadido por lama.

Antes de passar ao segundo livro, o escritor explicou aos jovens que esta foi a forma que encontrou de reagir a uma tragédia da qual foi vizinho, no entanto, como jornalista a reação foi totalmente diferente.

O segundo livro que Leo Cunha leu, foi o Cachinhos de Prata um texto poético e repleto de afeto, no qual o escritor fala sobre a perda de memória, o envelhecimento, a relação avó e netos e como o amor nos pode ensinar a lidar com os limites impostos pelo esquecimento.

Quase a terminar a sua intervenção, o escritor, jornalista e professor lembrou os seus tempos de criança que passava na livraria da sua mãe, onde conheceu muitos escritores. Terminou dizendo, que desde pequeno o mundo da literatura do fascina.

Leo Cunha deixou como recordação, para os alunos do Colégio de Amorim, dois dos seus livros e um CD intitulado Clave de Lua.

David Machado é licenciado em Economia, mas trocou os números pelas letras e escreve romances e livros infantis.

Na 21º edição do Correntes d’ Escritas, no dia de hoje, o escritor  lançou o seu mais recente livro A educação dos gafanhotos, que está nas livrarias desde a semana passada.

Este ainda recém-nascido romance é inspirado numa história pessoal do escritor que se passou há muitos anos. David Machado viajou com um amigo para os Estados Unidos da América e estava na Flórida, quando o 11 de setembro aconteceu.

No meio de todas as aventuras e dificuldades, que aquela viagem proporcionou aos dois jovens, e que serão contadas na primeira pessoa, houve um atentado terrorista que deixou marcas em todo o Mundo.

David Machado confessou à jovem plateia que esteve três dias fechado num Aeroporto, sem saber quando regressaria a casa. Depois de regressar pensou, de que forma aquele acontecimento tinha mudado a sua viagem. Foi assim, que há dois anos, resolveu passar para o papel toda a história e nasceu, agora, A educação dos gafanhotos.

Depois de duas intervenções tão intensas e divertidas, os jovens alunos conversaram com os escritores, a questão mais pertinente prende-se sempre com a curiosidade em saber como surge o gosto pela escrita.

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