Para Aires Pereira, é mais do que justo e merecido o reconhecimento do percurso e contributos que estes cidadãos e coletividades galardoados têm dado para a afirmação da “Póvoa de Varzim como um território coeso, economicamente vivo, sustentável e cooperador, assim como para o desenvolvimento cultural, social e económico da nossa cidade”.

A sessão começou com o hino da Póvoa de Varzim, solenemente interpretado pela Capela Marta, ao qual se seguiu a distinção a Luís Leal – “o homem que se fez símbolo do desporto e da sua potenciação para o desenvolvimento comunitário, símbolo do Varzim, símbolo do jornalismo local e particularmente do jornalismo desportivo, símbolo, enfim, de uma Póvoa de causas e de cidadania” – recebeu a homenagem com a consciência que fez “o melhor que pude pela Póvoa sem vaidade, mas com orgulho e enorme satisfação”.

Seguiu-se a atribuição da distinção ao General Armando Soares Ferreira – que dedicou cerca de 20 anos de serviço à Póvoa de Varzim, 6 dos quais ao comando da nossa Escola de Serviços. O General recordou a ligação que tem à nossa terra, desde a infância, e agradeceu “tão nobre distinção”, transmitindo que a condecoração não era apenas sua, mas extensível a todos os militares da unidade sediada na freguesia de Beiriz.

O Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates também foi homenageado por, desde há meio século, “prosseguir ininterruptamente, no nosso país e fora dele, a divulgação do folclore e da etnografia da sua Terra, tão rica também na área do património imaterial, designadamente do que traduz a vivência daquela comunidade rural em tempos idos”. José Matias, Presidente da Associação de Amizade de S. Pedro de Rates, que integra o Rancho, identificou este momento como “o mais marcante da vida cinquentenária do Rancho” e fez questão de enumerar várias pessoas que contribuíram para a continuidade da atividade permanente em defesa e divulgação do folclore e da etnografia da vila de Rates.

Por fim, seguiu-se a homenagem à Capela Marta – que deve o nome a quem há 70 anos a fundou – cuja “memória e projeto cultural, a interpretação de polifonia “a capela”, tanto sacra como profana, sucessivos maestros, tão Poveiros como o fundador, vêm prosseguindo, em Portugal e no país vizinho”. João Magalhães, Presidente da Associação Cultural Capela Marta, manifestou “profunda gratidão” pela distinção transmitindo que “os nossos corações crescem de incomensurável orgulho” e que “este reconhecimento anima na certeza de um futuro melhor”.