O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, foi uma das individualidades convidadas a integrar o Conselho de Escola e a tomar posse na sessão de ontem.

Após a tomada de posse, Mário Augusto, jornalista especializado em cinema, apresentou o filme “Soldado Milhões” e conversou com António Jorge Carvalho e Carlos Amaral, equipa responsável pelos efeitos especiais e antigos alunos do Politécnico do Porto.

Se a rodagem do filme durou 22 dias, a pós-produção durou oito longos meses, existindo 570 planos com efeitos digitais. E se Jorge Carvalho e Carlos Amaral estiveram presentes em todos os momentos da rodagem, o trabalho seguinte foi o grande desafio: “foram cinco meses das nossas vidas dedicados exclusivamente a este projeto.”

Portugal participou na Primeira Grande Guerra e o Corpo Expedicionário Português (CEP) fez o que pode num conflito em que entrou mal preparado. Um dos momentos mais marcantes foi a Batalha de La Lys (França), onde Portugal sofreu uma pesada derrota. No passado dia 9 de abril assinalou-se o centenário desse momento, que viu nascer umas das figuras mais conhecidas do imaginário do CEP: o Soldado Milhões.

Milhões, ou melhor, Aníbal Milhais (1895-1970), ficou conhecido por ter aguentado nas trincheiras, sozinho, com a sua Luisinha (diminutivo de Luísa, nome dado pelos portugueses à metralhadora Lewis), a investida alemã: “Tu és Milhais, mas vales Milhões!”, reza a história que foi assim que o comandante Ferreira do Amaral o saudou. Sobreviveu e, pelo caminho, salvou a vida de muitos portugueses e ingleses. É essa façanha que se conta em “Soldado Milhões”, longa-metragem de Gonçalo Galvão Teles e Jorge Paixão da Costa, com argumento de Jorge Paixão da Costa e Mário Botequilha.

No cinema a guerra exige efeitos visuais. E efeitos visuais exigem tempo e dinheiro, algo que por vezes falta na produção de filmes portugueses. Contudo, em “Soldado Milhões” eles estão lá e dão nas vistas.