“Língua Cega” nasceu do trabalho da Oficina Arara na Coleção de Livros e Edições de Artista da Fundação de Serralves. A Oficina Arara foi fundada em 2010, por um grupo de artistas, desingers e um engenheiro. O trabalho é elaborado num estúdio de artes gráficas que está equipado para trabalhar em serigrafia. Neste espaço, projetado como um espaço autónomo e aberto à experimentação são produzidos cartazes, livros e outras edições, tentando estabelecer uma relação direta e contínua entre o ato de desenhar e a impressão.

Nesta exposição é visível o trabalho transversal de todos os autores e formações que habitaram e habitam o coletivo, e traduzido em centenas de criações individuais e coletivas (oficinas, instalações, performances e exposições) é o constante recurso à palavra e à linguagem, num trabalho de construção e reconstrução que tem como objetivo “comunicar e (des)comunicar”. A Coleção de Livros e Edições de artista da Fundação de Serralves integra uma quantidade considerável de cartazes e de publicações da Arara, e Serralves já os apresentou em duas exposições na sua Biblioteca.

Esta exposição decorrerá no período que coincide com o Correntes d’Escritas e reunirá diferentes momentos do percurso do coletivo presentes na coleção de Serralves e, ao mesmo tempo, estabelece uma ponte com o trabalho recente, apresentando uma seleção de trabalhos organizados segundo o prisma plural de transmissão da palavra.

Marcaram presença na inauguração da exposição o Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diamantino e Ana Pinho, da Fundação de Serralves.

“Língua Cega” estará patente, na Sala de Atos, do Cine-Teatro Garrett até ao dia 15 de março de 2020.