Com uma média de mais de 300 espectadores por espectáculo, um total de 13 concertos, entre 11 e 31 de Julho, e ainda um programa de actividades paralelas, o Festival de Música pode orgulhar-se de ter cumprido com grande qualidade este que foi o seu trigésimo ano de existência. E porque só um evento de grande dimensão e solidez comemora 30 anos mantendo o mesmo nível de prestígio, o Festival consolidou, uma vez mais, a imagem já conquistada junto do grande público com um excelente programa. Artistas de prestígio nacional e internacional, peças e compositores consagrados e abrangendo um vasto leque histórico, desde a Idade Média até ao século XX são só alguns dos ingredientes do sucesso do Festival.

Em tempo de balanço, a organização refere alguns dos espectáculos com maior afluência de público:  Raquel Camarinha (13 de Julho), Boris Berezovsky (15 de Julho), Alexander Kniazev (16 de Julho), Piotr Anderszewski/Augustin Dumy/Dorota Anderszewska/Maxim Rysanov/Jian Wang (17 de Julho), Sara Mingardo/Concerto Italiano/Rinaldo Alessandrini (19 de Julho), Miguel Borges Coelho/António Saiote/Aníbal Lima/Paulo Gaio Lima/Quarteto de Matosinhos (20 de Julho), Quarteto Verazin (21 de Julho), Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim/Samuel Bastos/Osvaldo Ferreira (25 de Julho), Gustav Leonhardt (27 de Julho), Gonçalo Pescada/Ian Mikirtoumov/Artzen Quartet (29 de Julho) e A Corte Musical (31 de Julho).  Pela excepcional qualidade, a organização do festival destaca ainda os espectáculos de Boris Berezovsky, Piotr Anderszewski/Augustin Dumy/Dorota Anderszewska/Maxim Rysanov/Jian Wang, Sara Mingardo/Concerto Italiano/Rinaldo Alessandrini, Gustav Leonhardt  e A Corte Musical.

A par da componente musical, houve também um programa de actividades paralelas, onde se incluiu a conferência de abertura, a cargo de Rui Vieira Nery, no dia 11 de Julho, e Master Classes de António Salgado, Boris Berezovsky, Miguel Rocha, Augusto Trindade e “Músicos in Crescendo”, que decorreu no Diana Bar. Actuações do Coral “Ensaio” no Diana e na Igreja Românica de S. Pedro de Rates e as exposições: “A Descoberta do Património Musical”e “Sons e Imagens” (a história do Festival em sons e imagens,nas instalações da Escola de Música, foram outras das componentes deste programa de actividades paralelas.

Em destaque também neste Festival a estreia absoluta de “Movimentos do Subsolo”, de António Pinho Vargas, e a terceira edição do Concurso Internacional de Composição, que premiou mais três jovens talentos: Ana Seara, Gonçalo Gato e Petra Oliveira Bachratá.

Ana Seara conquistou o primeiro prémio na modalidade de “Música para Orquestra com “Le Foncé Ciel de la Nuit Glacée”, peça distinguida com um prémio no valor monetário de 4.000 euros e a edição em CD e em partitura. O 2º Prémio, no valor de 1.500 euros, foi concedido a Petra Oliveira Bachratá, autora da obra “What if?”, que também será editada em CD. A primeira audição mundial as duas obras finalistas teve lugar no dia 25 de Julho.

O 1º prémio na modalidade “Música de Câmara”, no valor de 2.500 euros, foi atribuído a Gonçalo Gato, autor da obra “Derivação”, que será editada em CD e em partitura. O 2º prémio, no valor de 1.000 euros, coube a Ana Seara, autora da obra “Poema, Mensagem”, que também será editada em CD. O júri foi presidido pelo Prof. António Pinho Vargas e composto pelos Profs. João Madureira, Carlos Caires e António Saiote. O público e os executantes também participaram na votação.

Quanto ao público, proveniente das mais variadas partes do país e até do estrangeiro, teve este ano ao seu dispor um novo serviço: a compra de bilhetes através da página da Câmara Municipal na Internet. Um meio que foi bastante utilizado por quem quis adquirir a sua entrada sem ter que se deslocar aos pontos de venda de bilhetes.

De 11 a 31 de Julho, a Póvoa viveu, pois, ao som dos concertos do seu Festival Internacional de Música, um dos mais conhecidos e reputados do país e que se prepara para entrar na sua trigésima primeira edição com a mesma qualidade de sempre.