Com uma média de 250 espectadores por concerto, um total de 13 espectáculos, entre 10 e 31 de Julho, e ainda variadas manifestações paralelas, o Festival de Música volta a afirmar-se como um evento de elevada qualidade e prestígio que este ano completou 31 anos de existência. O evento consolidou, uma vez mais, a imagem já conquistada junto do grande público com um excelente programa. Artistas de prestígio nacional e internacional, peças e compositores consagrados e abrangendo um vasto leque histórico, desde a Idade Média até ao século XX são só alguns dos ingredientes do sucesso do Festival.

Em tempo de balanço, a organização refere alguns dos espectáculos com maior afluência de público: Arcadi Volodos, recital de piano (20 de Julho); o agrupamento instrumental Les Witches (26 de Julho); o pianista Pedro Burmester (30 de Julho) e Gli Incogniti e Amandine Beyer, últimos concertos do festival (31 de Julho).

A par dos concertos, houve também um programa de actividades paralelas, onde se incluiu a conferência de abertura, a cargo de Rui Vieira Nery, no dia 10 de Julho, e a palestra proferida por Madalena Sá e Costa, a 17 de Julho, no Museu Municipal.

Decorreram ainda diferentes cursos de Master Classes de António Salgado (canto), Anne Gastinel (violoncelo), Miguel Rocha (violoncelo), Augusto Trindade (violino), Les Witches (música antiga) e Will Sanders (trompa), frequentados por cerca de 50 pessoas.

Para além das exposições diversas, houve ainda lugar para o concurso À Descoberta do Património Musical especialmente dirigido às escolas do ensino genérico e vocacional da região, que constou da publicação e exposição de trabalhos escolares sobre a temática do Festival.

Destaque ainda para os vencedores do 4º Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim anunciados durante o Festival. Nuno Pinho foi o vencedor do 1º Prémio “Câmara Municipal da Póvoa de Varzim”, no valor de quatro mil euros, atribuído à obra “This is not a poem…” na modalidade de música para orquestra. Na mesma categoria, Luís Carvalho arrecadou o 2º prémio no valor de mil e quinhentos euros com a peça “Metamorphoses… homage à M. C. Esther”. Na modalidade de música de câmara, o júri não atribuiu o 1º Prémio “Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim”, sendo que o 2º Prémio, no valor de mil euros, coube ao compositor Duarte Silva, pela obra “Pathos in Punctus”. O júri foi presidido pelo Professor Carlos Azevedo e constituído pelos Professores Pedro Burmester, Dimitris Andrikopoulos e João Madureira. As obras finalistas do Concurso foram interpretadas em estreia mundial durante o Festival pela Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim e pela Camerata Senza Misura e serão editadas em partitura e posteriormente publicadas em CD.

De 10 a 31 de Julho, a Póvoa viveu, pois, ao som dos concertos do seu Festival Internacional de Música, um dos mais conhecidos e reputados do país e que se prepara para entrar na sua trigésima segunda edição com a mesma qualidade de sempre.