Johannes Ciconia é considerado
como uma das mais intrigantes personalidades musicais do seu tempo, assim como
o primeiro grande “oltramontano” (músico do Norte da Europa) a ter feito uma
carreira de sucesso na Itália no despontar da Renascença. O concerto de estreia
do agrupamento La Morra em Portugal iniciar-se-á com um anónimo ‘adieu’, que
poderá ser entendido como um retorno à época da aprendizagem musical em Liège.
A música de Ciconia guiará o ouvinte através das diversas fases da sua vida
(tal como as conhecemos ou presumimos) até acabar numa oração dirigida à Virgem
Maria.

O espetáculo será no dia 18 de
julho, quarta-feira, às 21h45, na Igreja Românica de S. Pedro de Rates.

 

La Morra

La Morra, designação inspirada pela famosa peça
instrumental homónima de Heinrich Isaac, interpreta música europeia do período
entre 1300 e 1500, tradicionalmente referido como ‘tardo-medieval’ e/ou ‘baixa
Renascença’ – com ocasionais aventuras fora desta moldura temporal (como os
trabalhos escritos para La Morra por Boris Yoffe). O agrupamento presta
especial atenção à arte secular da canção, géneros sacros e paralitúrgicos e
música instrumental.

Logo após a sua criação em 2000, La Morra tornou-se
presença habitual nos estágios dos mais prestigiados festivais de música antiga
e séries de concertos europeus, participando em eventos como o Festival van Vlaanderen (Bélgica), Netwerk Oude Muziek e Holland Festival Oude Muziek (Holanda), Rencontres de Musique Médiévale du Thoronet
(França), Freunde alter Musik Basel
(Suiça) e Autunno Musicale (Itália).
Realizou várias digressões concertísticas na Finlândia, Chipre, Estónia,
Alemanha, Polónia, Espanha e Reino Unido. Numerosas atuações ao vivo,
transmissões pela rádio e a produção de quatro CDs (nas etiquetas Ramée, Et’Cetera, Raumklang, e Musiques Suisses) contribuíram para
estabelecer La Morra como uma das formações de topo no género, reputada pela
evocativa programação de concertos exaustivamente pesquisada; e interpretações
que são ‘eficientes’ (Early Music), ‘virtuosas’, sedutoras’, ‘plausíveis’
(Diapason), ‘numa palavra: encantadoras’ (Goldberg Magazine).

O agrupamento La Morra está sediado em Basileia, a
capital cultural da Suiça, numa íntima proximidade da alma mater dos músicos, a Schola
Cantorum Basiliensis
, onde a interpretação da ‘música antiga’ vem sendo
investigada desde há 75 anos. O agrupamento – normalmente até 10 cantores e
instrumentistas trabalhando sob a conjunta direção artística de Corina Marti e
Michal Gondko – redefine-se de acordo com os requisitos dos projetos de
concerto ou gravação assumidos.

 

Michal Gondko

Michal Gondko é o fundador e
‘spiritus movens’ de La Morra,
agrupamento especializado em música tardo-medieval e da Renascença.
Especializou-se em instrumentos da família do alaúde da Idade Média e da
Renascença.

Obteve formação em guitarra
clássica na sua Polónia natal, mas entretanto abandonou a guitarra ao centrar a
sua atividade em instrumentos dedilhados antigos.

As suas primeiras experiências
profissionais com ‘música antiga’ incluem uma antologia de música para alaúde
da alta Renascença polaca, gravada em 1997, mas publicada seis anos mais tarde.
Foi galardoada pela Associação dos
Produtores de Gravação Polaca
com o Prémio Publicação 2003 do Ano de Música Antiga.

Residente desde 1997 em
Basileia, estudou alaúde renascentista (com Hopkinson Smith) e instrumentos
medievais dedilhados (com Crawford Young) na Schola Cantorum Basiliensis, onde se graduou.

Apesar de o agrupamento La Morra exigir muito do seu tempo e
energia, encontra, no entanto, espaço para outros projetos e tem surgido como
acompanhador e continuista com diversos cantores e conjuntos (incluindo La Capella Reial de Catalunia de Jordi
Savall).

Como solista, explorou o
negligenciado repertório do alaúde renascentista, tendo publicado, em 2008, uma
recolha de música alemã para tecla e alaúde dos séculos XV e inícios do século
XVI (gravação efetuada juntamente com Corina Marti).    

 

Informações:

A conferência e os espetáculos incluídos em
“Manifestações Paralelas” são de entrada livre.

O preço dos bilhetes avulso para jovens até aos 25 anos e
pessoas com mais de 65 é €4,00 e os bilhetes avulso normais custam €6,00.

Se pretender fazer aquisição dos mesmos em Grupo (mínimo de 4
bilhetes) tem o custo de €4,00 (cada) e a Assinatura (série de 9 bilhetes para
os nove espetáculos) de €25,00 com oferta de brochura.

Poderá adquirir os bilhetes nos seguintes locais: Serviço
de Turismo da Póvoa de Varzim
(desde 22 de Junho, das 09h00 às 19h00, de
segunda a sexta-feira; aos sábados e domingos, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às
18h00); Secretariado do Festival (desde 22 de Junho, das 09h00 às 12h30
e das 14h00 às 17h30 (de segunda a sexta-feira), na receção ou através do
telefone 252 614 145 ou fax 252 612 548 | segunda a domingo: 9h00 às 20h30
através do telemóvel 925 012 988 (só para reserva de bilhetes) e ainda Auditório
Municipal, Igrejas Matriz, Lapa e Românica de Rates
, no próprio dia de cada
espetáculo, a partir das 20h30.

Acompanhe
o evento
no portal municipal.