Cair para dentro narra a história de duas mulheres, Virgínia e Eugénia, unidas pela relação mãe-filha. Eugénia, a filha, não foi educada para ser um adulto independente e, embora seja professora universitária, a mãe controla o seu dinheiro, o seu tempo, proibindo-a até de ter telemóvel. Quando Virgínia começa a desenvolver sintomas de demência, Eugénia vê-se obrigada, deixando aquela infância artificial construída pela sua mãe, a crescer e a cuidar de todos os aspetos práticos da vida de ambas. Até descobrir que, no estado em que a mãe se encontra, a vingança é uma possibilidade. Este livro explora até ao limite as dificuldades das relações humanas e os dilemas morais que delas decorrem.

No ano em que comemora os seus 50 anos, o poeta cabo-verdiano José Luiz Tavares – uma voz ímpar na poesia contemporânea, não apenas pelos seus temas, mas pelo rigor com que molda a língua – regressa com um volume onde arrisca fazer um percurso biográfico sob o signo da melancolia. A idade fá-lo encarar a finitude e, sem angústias, entra em diálogo com as vozes, não apenas literárias, que o foram marcando. As vozes e os mundos.

Os lançamentos de livros continuam hoje, na Sala de Atos do Cine-Teatro Garrette vão ser apresentados os seguintes livros: Bangladesh, talvez e outras histórias, de Eric Nepomuceno; Gungunhana, de Ungulani Ba Ka Khosa e por fim, Arder a palavra e outros incêndios, de Ana Luísa Amaral.

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