A sessão contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, do Almirante António Silva Ribeiro, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, do V. Almirante Alexandre da Fonseca, Ed. Revista de Marinha, do C. Almirante José Bastos Saldanha, Sociedade de Geografia de Lisboa e de Alfredo Pinheiro Marques, Historiador.

O Presidente da Câmara transmitiu que “nada mais apropriado do que falarmos de economia azul e da importância do mar”, acrescentando que “nada melhor do que trazer à ordem do dia as temáticas ligadas aos recursos hídricos para refletirmos todos um pouco, pois sem água a via humana não terá possibilidades de sobreviver neste planeta”. A este propósito, advertiu para a necessidade da mudança de comportamentos que visem a sustentabilidade dos recursos. Neste sentido, reconheceu que Miguel Marques tem “chamado à atenção para a importância que o setor tem para todos nós”.  

Aires Pereira terminou lendo o introito de um artigo que Miguel Marques dedicou à Póvoa de Varzim que começa com uma citação de Raul Brandão, na obra Os Pescadores: «Só tendo a morte quase certa é que o poveiro não vai ao mar. Aqui, o homem é acima de tudo pescador. Depende do mar e vive do mar: cria-se no barco e entranha-se de salitre». “Aqui nós somos mesmo assim”, expressou o edil.

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Almirante António Silva Ribeiro, revelou que “o mar tomou conta da vida” de Miguel Marques, acrescentando que “fruto do trabalho abnegado e competente ganhou já um prestígio internacional enorme, e é hoje reconhecido a nível nacional, mas sobretudo internacional, como uma grande autoridade no campo dos estudos do mar e sobretudo na perspetiva de olhar para o mar como sendo um veículo para o progresso e desenvolvimento das nações”.

O autor revelou que terminou de escrever o livro no dia em que nasceu o pai, 1 de novembro, e publicou-o em sua homenagem. Na sua opinião, a obra retrata duas facetas do autor: “Miguel Marques economista, mas acima de tudo, Miguel Marques ligado ao mar porque não é um livro técnico, mas sim um livro de viagem, sonhador, escrito nas viagens que tenho feito pelo mundo. É um livro que vai desde Caminha até Vila Real de Santo António, das Beiras Interiores até à Horta, desde as alturas das serras à profundidade do mar. É amplo e é português”, acrescentando que tem uma “carga pessoal e emocional”.