De 28 a 30 de Agosto,  com uma média de três concertos por dia, todos de entrada livre, divididos pelas ruas da cidade, Largo do Passeio Alegre, Diana Bar e Auditório da Lota, vão actuar na Póvoa os Serra-lhe Aí!!! & Ivan Costa (Galiza), Nobody´s Bizness (Portugal), Dele Sosimi Afrobeat Orchestra (Nigéria), Deolinda (Portugal), Dengue Fever (Camboja/ EUA), Alamaailman Vasarat (Finlândia), Bailarico Sofisticado (Portugal), Farra Fanfarra (Portugal), Aron Ottingnon (Nova Zelândia), Rosapaeda (Itália) e Hoba Hoba Spirit (Marrocos).

Carlos Seixas volta a ser o programador do Músicas do Mar, um festival da
designada música do mundo, género que, como afirmou, “é actualmente a definição da própria música, porque num mundo global, o que se verifica é uma enorme facilidade de contacto entre sons, culturas e tradições, o que resulta numa transculturalidade que se constrói de forma perfeita através da música”.

Na apresentação do programa, Carlos Seixas referiu ainda a preocupação na manutenção de um fio condutor entre a programação da primeira edição do festival e a deste ano. Assim se explica a repetição de bandas que fazem concertos de rua, como os Serra-lhe Aí !!! e os Farra Fanfarra, e a escolha dos Deolinda, que vêm na sequência dos O´questrada, que actuaram no ano passado, no Diana Bar. A qualidade é outro dos factores que norteiam as escolhas para o Músicas do Mar. Em 2007 o festival estreou-se em grande e este ano, a organização não vai fazer por menos.

Para o Diana Bar estão programados três concertos bem diferentes e que mostram bem que a aposta na diversidade é outra das características deste evento. No dia 28, às 21h00, os portugueses Nobody´s Bizness, com a poderosa voz de Petra, trazem de volta os blues clássicos, dos anos 30 e 40; no dia 29, também às 21h00, o fenómeno de popularidade que são os Deolinda actuam também no Diana, mostrando que há outras formas de fazer e interpretar música popular portuguesa; por fim, no espaço deste café, no dia 30, à mesma hora, lugar ao talento do neo-zelandês Aron Ottingnon, um pianista extraordinário, que conquistou já vários prémios e que inclui uma grande variedade de ritmos no seu concerto, desde a música clássica ao jazz, passando pelo rock e até pelas músicas de influência maori.

cartaz

O palco ao ar livre do Largo do Passeio Alegre acolhe, no dia 28, às 22h00, os ritmos africanos de Dele Sosimi, músico nigeriano radicado em Londres, que começou a sua carreira no final dos anos 70, ao lado de Fela Kuti, considerado como o mentor do afro-beat; dia 29, às 22h00, os Dengue Fever trazem o exotismo da música do Camboja, misturada com ritmos mais actuais, o que resulta numa mistura única, cantada em khmer e em inglês e que escapa a qualquer classificação; às 23h15, muda-se radicalmente de ritmo com os finlandeses Alamaailman Vasarat, cuja música, como referiu o próprio Carlos Seixas, escapa a qualquer definição; no dia 30, este mesmo palco acolhe mais dois concertos, o primeiro às 22h00, da italiana Rosapaeda, e o segundo às 23h15, dos marroquinos Hoba Hoba Spirit.

Para as ruas da cidade ficaram os concertos dos animados Serra-lhe Aí!!!, que actuam às 18h00, nos dias 28 e 29, e que trazem uma música muito apelativa e animada, de taberna, pode mesmo dizer-se; e dos Farra Fanfarra, grupo sedeado em Lisboa, mas que reúne músicos de vários pontos do planeta e que tocam de tudo, desde que a ideia seja envolver o público – também às 18h00, no dia 30.

Nas noites de 29 e 30, a animação fica a cargo dos Bailarico Sofisticado, “três rapazes de Lisboa”, djs, que vão pôr toda a gente a dançar noite fora, a partir da meia-noite e meia, no Auditório da Lota.

Concertos variados, uma aposta na qualidade das bandas escolhidas e na intenção de marcar a diferença fazem deste Músicas do Mar um festival único no género. E Músicas do Mar porque é ele o fio condutor de todas as sonoridades que durante três dias vão inundar a Póvoa.

O festival é uma organização da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, com o apoio do Turismo de Portugal e para o vereador do Pelouro do Desenvolvimento Socioeconómico, Afonso Oliveira, “este é um evento que é de todos, portanto, resta-nos contar com a participação do público, esperando que apreciem as músicas do mar que seleccionamos para este ano.”