A tarefa ficou completa em pouco mais de hora e meia. No terreno as estacas já colocadas assinalavam a posição correcta de cada um dos rebentos de pinheiro-bravo. Coube aos cerca de 30 escuteiros do Agrupamento 406 – Nossa Senhora das Candeias, de Terroso, a tarefa de colocar cada um no seu lugar.

Estes contaram com a ajuda de Manuel Angélico, Vereador do Pelouro do Ambiente, que, de passagem pelo local, não deixou de destacar a importância desta iniciativa pelo exemplo que dá a outros proprietários de terrenos florestais, tendo relembrado ainda a importância de manter este tipo de espaços limpo, como medida preventiva contra os incêndios. O Vereador recordou também que esta é uma iniciativa que faz parte das comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra e que surgiu após um contacto feito pelo Núcleo Florestal do Tâmega, dando conta da possibilidade de disponibilizar pinheiros-bravos para reflorestação. O desafio foi prontamente aceite pela Câmara Municipal, que tratou de contactar todas as Juntas de Freguesia do concelho. A escolha acabou por recair no Lugar do Carregal, em Terroso.

Joaquim Vilar, Presidente da Junta de Freguesia, não podia estar mais satisfeito com a operação. “Já tínhamos pensado fazer a reflorestação desta área pelo que esta oportunidade dada pela Câmara é muito bem-vinda”, afirmou, dizendo ainda que “todos os proprietários deveriam fazer isto”. Também ele não deixou de chamar a atenção para a importância da limpeza das florestas. Afinal de contas, foi devido à falta de limpeza de um terreno vizinho, privado, que o fogo se alastrou para o terreno da Junta, que, apesar de limpo, não teve força suficiente para escapar às chamas alimentadas pela vegetação excessiva dos terrenos circundantes. Agora, e como em todos os outros terrenos da responsabilidade da Junta de Freguesia, Joaquim Vilar compromete-se a manter limpa esta área, até para o bom desenvolvimento das novas espécies plantadas.

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Sorridentes e atarefados, os escuteiros colocavam os pinheiros nas covas que outros iam abrindo. Uma tarefa a que se adaptaram bem ou não fizesse parte do método escutista a educação cívica e a conservação da Natureza, como explicou José Amorim, Chefe do Agrupamento 406 – Nossa Senhora das Candeias. Com idades entre 6 e os 22, no grupo destacavam-se ainda crianças da Casa do Regaço, que se preparavam também para entrar no mundo do escutismo.

Resta agora esperar que os pinheiros cresçam – as árvores podem atingir os 40 metros de altura. No entanto, mais do que plantar a Vida, espera-se ter também plantado a semente de uma nova consciência ecológica para que, cada vez mais, a Póvoa de Varzim se possa afirmar como um concelho de Bom Ambiente.