O membro do Governo agradeceu a boa colaboração que houve entre a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, em especial com o seu Presidente, a União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, a União de Freguesias de Aguçadoura e Navais e o Secretário de Estado do Ambiente, que acompanhou a obra, para a concretização das intervenções realizadas.

Jorge Moreira da Silva constatou que “fizemos de um problema uma oportunidade. E isso tem muito mérito tanto da autarquia como dos serviços do Ministério do Ambiente”.

O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia transmitiu que “nos últimos anos, alocamos, para o litoral, 300 milhões euros, para este ano e para o ano passado, para proteger pessoas e bens e para valorizar o nosso litoral”.

Alertou para a importância desta medida, sendo que “foi tomada em contexto de restrição financeira: não foi por estarmos em crise que deixamos de apostar no litoral porque temos noção que nesta região temos muitas riquezas mas também muitas fragilidades. Temos ainda vulnerabilidades no litoral e as alterações climáticas tornam ainda mais vulnerável”.

O responsável pela pasta do Ambiente lembrou que “apesar desse esforço, fomos confrontados, em 2014, com intempéries muito severas e o Governo encontrou forma de identificar cerca de 20 milhões de euros adicionais, além do que já estava previsto, para mitigar esses problemas, para limitar os danos e resolver os problemas”.

Jorge Moreira da Silva referiu que “algumas autarquias fizeram intervenções, ou melhor, beneficiaram dessas intervenções apenas para mitigar esses danos”, destacando, que “a Câmara da Póvoa de Varzim foi além disso: aproveitou essa nova linha de financiamento que o Governo disponibilizou para essas intervenções de proteção de pessoas e bens para associar outras intervenções com investimento próprio do Município”.

O Ministro constatou que “estamos perante uma belíssima parceria entre o Governo e a autarquia em que fizemos dum problema uma oportunidade. Conseguimos fazer, na prática, um dois em um. Encontramos forma de mitigar os danos das últimas intempéries com a resolução de problemas que há muito estavam identificados”.

Referiu-se ainda ao papel da comunidade nestas intervenções, confirmando o que tem constatado por todo o país: “é com a população que estas intervenções se fazem e só se fazem de uma forma eficiente se a população acreditar verdadeiramente nelas. Tanto em Aver-o-Mar como em Aguçadoura, isso foi notório. A população queria muito a intervenção e fez questão de fazer a sua parte e, de modo próprio, removeu algumas edificações que não dignificavam a zona. Trata-se de um exemplo a nível nacional”.

Terminou dando os parabéns ao Presidente da Câmara Municipal, à União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, à União de Freguesias de Aguçadoura e Navais e ainda à população das freguesias envolvidas.

Em Aver-o-Mar, no Largo da Fragosa, o Presidente da Câmara Municipal, para além de agradecer a presença do Ministro e Secretário de Estado do Ambiente, bem como do Administrador Regional da ARH do Norte, Pimenta Machado, agradeceu a presença massiva da população de Aver-o-Mar, que “encarou esta obra como uma espécie de intervenção recuperadora do ânimo desta gente. Sentiam-se muito abandonados porque era uma zona completamente desfigurada e, com esta intervenção, que é o princípio de um plano que temos previsto, estão aqui, naturalmente, a manifestar o seu agrado pela intervenção”.

Aires Pereira testemunhou que, enquanto Presidente de Câmara, estava satisfeito pelo reconhecimento das pessoas pela obra feita, “uma vitória para todos”. Destacou a disponibilidade do Ministério do Ambiente que, a partir de uma intervenção de recuperação da zona costeira devido às intempéries, foi possível, juntando fundos do Município reabilitar toda aquela zona marginal de Aver-o-Mar.

O edil referiu-se ainda ao projeto previsto para dar continuidade a esta intervenção: “pretendemos libertar toda esta frente de mar para devolver às pessoas este estado de fruição”. Recordou que tal só é possível porque “o povo de Aver-o-Mar há uns 25 anos atrás não permitiu que fosse executada, nesta frente de mar, um loteamento que, definitivamente, virava as costas à população. Mais tarde, a Câmara, em tribunal, acabou por comprar todos estes terrenos e tem vindo a colocá-los ao dispor da população”.

A este propósito, Aires Pereira fez questão de reconhecer o papel do seu antecessor, Macedo Vieira, que “teve sempre uma preocupação muito grande com este caso e foi ele que decidiu comprar todos os terrenos, em tribunal, que agora permitem à Câmara fazer esta intervenção”. Veja a fotogaleria.

Em Aguçadoura, junto ao tanque da Barranha, o Presidente da Câmara Municipal referiu-se ao investimento que requalificou aquela zona, com a colaboração dos moradores e dos confrontantes. Explicou que “isto era uma zona cheia de barracos, completamente desqualificada e, com esta intervenção, conseguimos fazer a valorização deste espaço. Esta é uma intervenção bastante ampla em nos permitiu requalificar toda a foz da ribeira e fazer o passadiço que vai por cima da duna em direção a norte e abriu toda uma nova perspetiva de visão e de disponibilidade desta nossa zona de praia. Trata-se de uma praia praticamente virgem e a ideia do Município também é fazer a deslocação das pessoas do centro da cidade e daqueles que nos visitam para estas novas zonas do concelho nesta nossa frente de mar que é extensa e precisa, naturalmente de ser aberta e convidativa para que as pessoas aqui venham”.

Aires Pereira transmitiu que “a intervenção acabou por ser um dois em um: utilizar aquilo que foi disponibilizado pelo Ministério do Ambiente para a requalificação desta zona que ficou destruída devido às intempéries de há 2 anos atrás que destruíram praticamente toda esta zona. Isto vai permitir, em respeito com o ambiente, tornar compatível um uso agrícola intensivo com as boas práticas agrícolas e com a preservação do meio ambiente”.

Aires Pereira advertiu para uma questão que se arrasta há alguns anos e pretende ver resolvida: “a rede de drenagem das linhas de água. É importante fazer um estudo global para proteger as linhas de água e toda a atividade agrícola envolvente. Ao longo dos anos, as pessoas foram esquecendo a limpeza e manutenção das linhas de água”. Neste sentido, alertou para a necessidade de, em conjunto com o Ministério do Ambiente, “disciplinarmos e regularmos essa atividade para não termos, no futuro, qualquer problema com o desleixo que acontece em algumas zonas”. Veja a fotogaleria.